Apelo do Papa às autoridades iranianas, para que respeitem a liberdade religiosa dos cristãos e de todos os cidadãos que vivem no país
Cidade do Vaticano, 30 out (RV) – Respeito à liberdade religiosa dos cristãos e de todos os cidadãos que vivem no Irá: esse foi o convite dirigido pelo Papa ao novo embaixador do Irã junto à Santa Sé, recebido em audiência ontem, para a apresentação de suas credenciais.
No discurso que entregou
ao diplomata _ Mohammed Javad Faridzadeh, até agora representante do Presidente do
Irã para as questões culturais e políticas internacionais _ o Pontífice reivindicou
o reconhecimento de personalidade jurídica às instituições eclesiásticas, de maneira
a favorecer o trabalho das mesmas no seio da sociedade iraniana.
Entre os direitos fundamentais, um dos mais importantes é o direito à liberdade religiosa,
que é um aspecto essencial da liberdade de consciência e revela a dimensão transcendental
da pessoa, precisou o Santo Padre.
Os católicos no Irã são cerca de 23 mil, numa população de 70 milhões de habitantes, de maioria muçulmana xiita.
Em seu discurso, o Papa recordou ainda a vontade de se construir um futuro comum,
que garanta a paz para todos. Isso pressupõe o empenho dos Estados, em adotar meios
estáveis, eficazes e reconhecidos, como a Organização das Nações Unidas e as demais
organizações internacionais.
Essa ação em favor da paz, refletiu o Santo Padre, implica também uma corajosa ação contra o terrorismo, para se construir um mundo no qual todos possam reconhecer-se como filhos do mesmo Deus, onipotente e misericordioso.
Certamente, concluiu JPII, a edificação da paz pressupõe a confiança recíproca, a
fim de que não se veja no outro uma ameaça, mas sim um interlocutor, aceitando também
os vínculos e mecanismos de controle, que comportam compromissos comuns, como os tratados
e os acordos multilaterais. (MT)
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