Igreja na Colômbia pede às FARC que renunciem a condição imposta para libertação de reféns

Bogotá, 20 out (RV)- A Igreja Católica na Colômbia pediu hoje às FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) que renuncie à sua exigência de desmilitarizar os povoados do departamento de Caquetá (sudoeste do país), como condição para a libertação das pessoas que se encontram em mãos do grupo, como reféns.

"Esse tipo de proposta não tem receptividade nas esferas do governo. Portanto, é necessário buscar alternativas e outros caminhos para se chegar a um acordo humanitário, sem desmilitarizar nenhuma área do país" _ disse aos jornalistas, o Arcebispo de Tunja, Luis Augusto Castro Quiroga, Vice-presidente da Conferência Episcopal.

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia têm em seu poder cerca de 60 pessoas, entre políticos, soldados e policiais, assim como três cidadãos estadunidenses. Para a libertação dessas pessoas, o grupo exige _ há mais de dois anos _ que seja feito um "acordo humanitário", no contexto do qual o governo se comprometeria a libertar cerca de 500 guerrilheiros das FARC, detidos em diversas penitenciárias do país.

Na última segunda-feira, o porta-voz das FARC, conhecido como "Raúl Reyes", anunciou que o grupo aceitara uma proposta de diálogo apresentada pela Igreja Católica, o que, para Dom Castro Quiroga, significa um progresso. (AF)