2004-10-08 19:42:32

Santa Sé defende reforma da ONU


Nova York, 07 out (RV)- O Observador Permanente da Santa Sé na ONU, Dom Celestino Migliore, proferiu três discursos, no decorrer desta semana, perante a 59ª sessão da Assembléia Geral das Nações Unidas.

Num desses discursos, sobre o “desenvolvimento sustentável”, Dom Celestino reiterou a posição da Igreja Católica, de que a chave para garantir esse desenvolvimento consiste em colocar a pessoa humana no centro dos programas e projetos.

“Os seres humanos estão no centro do desenvolvimento sustentável”, disse Dom Celestino. “Têm direito a uma vida sadia e produtiva, em harmonia com a natureza. Por esse motivo, o desenvolvimento sustentável deve ser considerado no contexto de uma autêntica ecologia humana.”


Dom Celestino lembrou que as pessoas não são ferramentas, mas sim protagonistas na hora de determinar seu futuro. “Em suas específicas circunstâncias econômicas e políticas _ disse _ cada um deve poder exercer a criatividade, que é característica do ser humano e da qual depende a riqueza das nações.”

O Observador Permanente da Santa Sé na ONU conclui, afirmando que “o desenvolvimento sustentável deve aspirar à inclusão, que será alcançada somente mediante uma eqüitativa cooperação, participação e associação internacional”.

A Santa Sé também ofereceu sua contribuição ao atual debate sobre a reforma das Nações Unidas. Nesse contexto, Dom Celestino pediu que o Conselho de Segurança represente o melhor possível a população mundial.

Ele defendeu que o eixo central da reforma dessa instituição deve ser a conversão da instituição numa “comunidade de Estados”. E advertiu que reforçar o sistema das Nações Unidas comporta o reconhecimento de que o organismo é um sistema baseado na cooperação mais do que na competição entre os Estados. Um sistema que depende da vontade construtiva, da confiança, do cumprimento dos compromissos, e da colaboração entre membros igual e reciprocamente responsáveis.

“O ponto-chave _ ressaltou _ é o reconhecimento do princípio segundo o qual todos os Estados, por natureza, têm a mesma dignidade.” (BF)








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