2004-10-07 16:51:06

Na Audiência Geral desta quarta-feira, JPII fustigou a incapacidade do Ocidente de gerar filhos


Cidade do Vaticano, 06 out (RV)- “Um sereno e alegre canto nupcial” que, na moldura da celebração da nobre beleza de uma esposa rainha, oferece uma imagem ideal do matrimônio: uma imagem hoje esmaecida sobretudo na civilização ocidental, muitas vezes incapaz de gerar filhos porque incapaz de olhar com confiança para o futuro.

O Salmo 44, 11-18 da liturgia das Vésperas inspirou essas reflexões de JPII, que presidiu a Audiência Geral de hoje, na Praça São Pedro, na presença de mais de 13 mil fiéis e peregrinos.

O “doce retrato feminino” descrito pelos versículos do Salmo não pretende mostrar somente a vocação nupcial de um rei e de sua bela esposa, adornada com vestes esplendentes, no momento de unir-se em matrimônio: um ato, observou o Papa, que marca uma “reviravolta na vida” e “muda a existência”.

O horizonte interpretativo é mais amplo, porque _ afirmou o Pontífice _ a tradição judaica viu na figura do rei a figura do Messias, assim como muitos Padres da Igreja “leram o retrato da rainha aplicando-o a Maria”.

No Salmo, explicou JPII, “se fala de ‘filhos’ e de ‘gerações’”. O futuro, não somente da dinastia mas da humanidade, se dá justamente porque o casal oferece ao mundo novas criaturas.

E esse _ acrescentou o Santo Padre _ é “um tema relevante em nossos dias, no Ocidente, muitas vezes incapaz de confiar a própria existência ao futuro através da geração e da tutela de novas criaturas, que continuem a civilização dos povos e realizem a história da salvação”.

Nas saudações que dirigiu aos diversos grupos presentes da Audiência, o Papa recordou que amanhã se celebra a festa litúrgica de Nossa Senhora do Rosário e dirigiu a todos um convite... “Convido-os a valorizar essa oração tão cara à tradição do povo cristão. Façam do terço de Nossa Senhora a oração de vocês de cada dia.” (RL)








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