2004-10-04 17:24:59

Presidente do Justiça e Paz ressalta urgência de melhorar cooperação para o desenvolvimento


Cidade do Vaticano, 1º out (RV)- “Existe um modelo europeu de crescimento global econômico e social?” Esse é o tema da XVI Conferência Bancária promovida pela Câmara de Comércio italiana para a Inglaterra, em curso desta manhã, em Londres, com a participação dos maiores expoentes do mundo financeiro britânico.

Participando da importante conferência londrina, que anualmente avalia os principais problemas bancários, o Presidente do Pontifício Conselho “da Justiça e da Paz”, Cardeal Renato Martino, ofereceu alguns pontos de reflexão para dar ao próprio desenvolvimento uma orientação mais humana, mais integral, mais solidária e sustentável.

Em particular, o purpurado se deteve sobre a urgência de melhorar o funcionamento da cooperação para o desenvolvimento e forneceu, a propósito, alguns dados relevantes. Os projetos em curso são mais de 63 mil, baseados em impostações muito diversas quanto a critérios de abastecimento, bem como de avaliação do impacto social e ambiental.

Muitos projetos perseguem, na mesma área, objetivos análogos e comportam duplicações; outros se propõem objetivos desejáveis, mas concorrentes, criando tensões ao invés de eliminá-las.

A ação de cooperação para o desenvolvimento sofre a lentidão burocrática, impondo aos países beneficiários pesados ônus para afrontar os pedidos de supervisão e de avaliação por parte dos doadores. “Isso demonstra _ disse o Cardeal Martino _ o quanto seja concreto e urgente o objetivo de um melhor funcionamento de todo o mecanismo da cooperação.”

Segundo o Cardeal Martino, é necessário também um aumento dos fundos disponíveis, o que supõe a necessidade _ conseqüente _ de novas fontes de financiamento.

“Alguns governos _ ressaltou o Cardeal _ estão se movendo significativamente nessa direção, com o encorajamento e o apoio moral do Santo Padre e da Santa Sé.” A esse propósito, ele recordou a iniciativa do governo britânico denominada “International Finance Facility” e as propostas dos governos francês e brasileiro.

Concluindo, o Cardeal Martino evocou a exigência de que os modelos de desenvolvimento não mortifiquem a extraordinária riqueza e diversidade presentes na Europa. (RL)








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