2004-09-30 16:49:13

Todos devem se sentir envolvidos na luta contra a AIDS: a mensagem do Papa para o Dia Mundial do Enfermo-2005


Cidade do Vaticano, 29 set (RV)- “Em Cristo está a esperança da verdadeira e plena saúde, a salvação que Ele traz é a verdadeira resposta às interrogações últimas do homem. Não existe contradição entre saúde terrena e saúde eterna, a partir do momento que o Senhor morreu pela saúde integral do homem e de todos os homens.”

Esta é, em síntese, a reflexão de JPII na sua Mensagem para o Dia Mundial do Enfermo, que será celebrado no dia 11 de fevereiro próximo, no Santuário de Maria Rainha dos Apóstolos, em Iaundê, capital da República de Camarões.

“Na realidade, o ser humano não aspira somente a um bem-estar físico e espiritual _ lê-se no documento _, mas a uma “saúde” que se expresse na harmonia total com Deus, consigo mesmo e com a humanidade. Essa meta se alcança somente através do mistério da paixão, morte e ressurreição de Cristo.”

Na mensagem, a atenção do Papa se centraliza sobretudo na África: um continente “dotado de imensos recursos humanos, culturais e religiosos”, mas também “atingido por indizíveis sofrimentos”.

Nas palavras do Pontífice, a África se assemelha “àquele homem que descia de Jerusalém para Jericó” e que roubado e agredido por marginais cai por terra “meio morto”.

“A África _ escreve JPII _ é um continente em que inúmeros seres humanos _ homens e mulheres, crianças e jovens _ se encontram jogados, de qualquer forma, às margens das estradas, enfermos, feridos, impotentes, marginalizados e abandonados. Eles têm uma extrema necessidade de bons samaritanos que corram em sua ajuda.”

O Dia Mundial do Enfermo deveria ser uma ocasião para redescobrir o significado profundo da noção de saúde, entendida como “uma situação de harmonia do ser humano consigo mesmo e com o mundo que o circunda”.

Justamente nessa perspectiva, o Papa não deixa de constatar que, na África, essa harmonia “se encontra hoje fortemente alterada”. “Muitas enfermidades devastam o continente _ ressalta _ e entre todas, em particular, o flagelo da AIDS.”

“Os conflitos e as guerras que martirizam muitas regiões africanas _ acrescenta o Pontífice em sua mensagem _ tornam mais difíceis as intervenções voltadas a prevenir e curar essas enfermidades.”

“Nos campos de refugiados e de deslocados há pessoas desprovidas até mesmo dos víveres indispensáveis para a sobrevivência.”

Convidando todos _ governantes e autoridades civis _ a não pouparem esforços para atenuar “a dor e a morte” ligadas ao vírus HIV, o Papa recorda que para combatê-lo de modo responsável “é necessário aumentar a prevenção, mediante a educação ao respeito do valor sagrado da vida e mediante a formação à prática correta da sexualidade”.

Com efeito, insiste, “se muitas são as infecções de contágio através do sangue, especialmente no curso da gestação, bem mais numerosas são aquelas que são contraídas por via sexual, e que podem ser evitadas sobretudo mediante uma conduta responsável e a observância da virtude da castidade”.

Na mensagem, JPII manifesta também sua satisfação pelo incansável trabalho dos agentes pastorais, dos homens de ciência e das indústrias farmacêuticas, que se empenham em manter baixos os custos dos medicamentos utilizados no tratamento da AIDS. (RL)








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