2004-09-23 18:15:51

A Cruz de Cristo arrebata a humanidade dos caminhos do mal


Cidade do Vaticano, 22 set (RV)- Imitar Cristo que, ultrajado, não pedia vingança. Foi a exortação feita pelo Papa, hoje, aos fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro, para a Audiência Geral.

O ponto central da catequese do Papa foi a paixão voluntária de Cristo, como tratado no hino da primeira carta de São Pedro.

A Cruz de Jesus _ disse JPII _ tira a humanidade das estradas do mal e a reconduz ao projeto de Deus. Cristo é solidário com a humanidade sofredora _ disse o Papa: está ao nosso lado e partilha a dor do mundo. Aliás, carregou o nosso mal, o peso dos nossos pecados para eliminá-los.

“Essa sua solidariedade conosco torna-se radicalmente transformadora, libertadora, expiatória e salvífica” _ lembrou o Pontífice.

JPII ressaltou a atitude de Jesus “que se encaminha rumo à estrada áspera da paixão, sem se opor à injustiça e à violência, sem recriminações e queixas, mas entregando a si mesmo e a sua dolorosa paixão Àquele que julga com justiça”.

Não se trata _ especificou o Pontífice _ de “uma cega e passiva resignação”, mas de “confiança corajosa, destinada a ser exemplo para todos os discípulos que percorrerão o caminho obscuro da prova e da perseguição”.

A seguir, o Papa retomou a imagem do profeta Isaías que vê uma humanidade perdida, como um rebanho disperso: cada um segue a sua estrada. “O Cristo paciente... que não cometeu pecado” assumiu sobre seus ombros as nossas dores... e “foi traspassado por causa dos nossos delitos”.

“Desse modo, a nossa pobre humanidade foi resgatada das estradas desviadas e perversas do mal e reconduzida à “justiça”, isto é, ao projeto de Deus. A última frase do hino é particularmente comovente: “Das suas chagas fomos curados.” Aí vemos o caro preço pago por Cristo para nos curar!

Por fim, o Papa exortou os cristãos a imitarem Jesus, não respondendo ao mal com o mal, mas permanecendo fiéis ao ideal evangélico do amor e do perdão na vida de cada dia.

Ao término de sua catequese o Santo Padre passou a saudar, em várias línguas, os diversos grupos de fiéis e peregrinos presentes na Praça São Pedro. Eis o que disse aos fiéis e peregrinos de língua portuguesa..."Caríssimos irmãos e irmãs, saúdo os que me ouvem, desejando-lhes todo o bem, com as graças divinas, na sua caminhada como novo Povo de Deus. Em particular, seja bem-vindo o grupo de portugueses aqui presentes: abençoando-vos, penso em vossos parentes e amigos. Que sejais felizes!”(RL)








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