Cardeal Sodano recebe, em NY, prêmio “Path to Peace”

Nova York, 21 set (RV)- “Ao longo do século XX, os trágicos eventos mundiais fizeram da promoção do Evangelho da paz uma prioridade urgente e uma parte essencial da missão da Igreja”: foi o que disse o Cardeal Angelo Sodano, recebendo ontem, em Nova York, o prêmio “Path to peace” (Caminho da paz) das mãos do Arcebispo Celestino Migliore, Observador Permanente da Santa Sé na ONU.

O Cardeal Secretário de Estado elogiou a fundação que atribui esse reconhecimento anual, desde que foi proposto, em 1991, pelo então Observador Permanente da Santa Sé na ONU, Dom Renato Martino, ressaltando a contribuição significativa dada para a construção de um mundo caracterizado pelos valores evangélicos da justiça, da caridade e da paz.

“Eu gostaria _ disse o Cardeal Sodano _ de considerar a honra a mim concedida, no contexto dos objetivos da fundação e do testemunho incansável, como profeta da paz, dado pelo Santo Padre em seus 26 anos” de pontificado.

“É amplamente sabido o quanto JPII tenha feito para conduzir os nossos passos e os de todas as pessoas de boa vontade rumo à paz. Por isso, o prêmio deve ser visto como uma contribuição pessoal do Santo Padre, cujos ensinamentos têm sido a fonte última de inspiração para tudo aquilo que foi alcançado.”

Com esse espírito, Dom Celestino Migliore recordou o trabalho em favor da paz desenvolvido pelo Cardeal Sodano em momentos cruciais como a queda do muro de Berlim e as grandes conferências da ONU nos anos 90, nas quais defendeu a centralidade da dignidade humana. Além de sua atuação para a erradicação dos atuais conflitos que dilaceram o mundo.

Durante a cerimônia, foi entregue “in memoriam”, o prêmio “Servidor da paz” ao Arcebispo Dom Michael Courtney, Núncio Apostólico em Burundi, assassinado em dezembro do ano passado.

“A Santa Sé _ disse Dom Migliore evocando uma frase do Cardeal Sodano _ é uma criadora de paz, que trabalha intensamente para evitar a deflagração de conflitos.” A fundação “Path to peace” exorta todos a não se renderem, porque é um movimento que olha para o futuro. (RL)