2004-09-20 17:30:01

Os bancos não devem se limitar à busca do lucro, mas sim pensar no desenvolvimento da comunidade


Castel Gandolfo, 17 set (RV)- Os bancos e institutos de crédito não devem limitar-se à busca do máximo lucro, mas devem fazer referência aos valores superiores do viver humano e ao bem de toda a comunidade. Foi o que disse, em síntese, o Santo Padre, recebendo em audiência, em Castel Gandolfo os dirigentes do Grupo Bancário Capitalia, no segundo aniversário de sua fundação.

“O complexo mundo do crédito _ disse o Papa _ exige uma reflexão da Igreja, pelas numerosas implicações éticas que o caracterizam.”

“De fato, seria insuficiente limitar-se à busca do máximo lucro; ao invés, é necessário sempre fazer referência aos valores superiores do viver humano, se se quiser ser uma verdadeira ajuda ao crescimento e ao pleno desenvolvimento da comunidade.”

A propósito, JPII citou o grande economista católico Giuseppe Toniolo, segundo o qual a moral cristã deve considerar-se “como o fator mais potente, para suscitar nos povos as energias econômicas e a garantir as relações mais regulares e eficazes”.

Desse modo _ ponderou JPII _ a presença dos institutos de crédito na sociedade “pode tornar-se instrumento de verdadeiro progresso, oferecendo sustento a todas as válidas iniciativas de indivíduos e grupos” que recorrem a esses organismos “em função de suas legítimas necessidades de serviços financeiros e econômicos”.

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O Santo Padre recebeu ainda em audiência, esta manhã, em Castel Gandolfo, o Cardeal Ignace Moussa I Daoud, Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais; dois bispos do Pacífico, em visita “ad Limina”; e Dom Gabriel Montalvo, Núncio Apostólico nos EUA e Observador Permanente da Santa Sé junto à OEA (Organização dos Estados Americanos). (RL)








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