2004-09-16 19:49:18

Pequim rechaça avaliação de Washington sobre liberdade religiosa na China


Pequim, 16 set (RV)- A China criticou hoje, com dureza, o recente relatório do governo dos EUA sobre a falta de liberdade religiosa no mundo e que define a China como um dos países “que preocupam Washington”.

“Nós nos opomos firmemente” ao informe estadunidense, porque “faz ouvidos surdos à verdadeira situação existente no país” _ declarou Kong Quan, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, numa entrevista coletiva.

O porta-voz destacou que, na China, a liberdade religiosa é garantida pela Constituição e por outras leis, e que sua defesa é tarefa de numerosos funcionários do governo, em todos os níveis.

Pequim protesta, afirmando que o relatório de Washington é uma ingerência indevida nos assuntos internos da China.

O relatório deste ano aponta a China, a Coréia do Norte, Myanmar, Vietnã, Sudão e Irã como países que “preocupam” Washington, por seu “contínuo tratamento brutal contra os fiéis”.

O documento acusa o governo chinês de reprimir o Budismo tibetano, os muçulmanos uygures, os católicos fiéis a Roma e ao Papa, os protestantes clandestinos e os membros da seita Falun Gong.

Os cidadãos chineses são livres de professar seus credos religiosos desde que sejam religiões sancionadas pelo Estado, em igrejas e organismos próprios. Pequim desaprova os movimentos não registrados, as seitas e outros grupos heterogêneos, que escapam ao controle do regime, e que se têm multiplicado nos últimos anos.

A China não mantém relações diplomáticas com o Vaticano, que é alvo constante de suas críticas, por “intervir _ segundo Pequim _ em questões internas do país”. O regime chinês considera a religião como uma prática sem fronteiras e sua regulamentação como uma questão de direito nacional. (AF)








All the contents on this site are copyrighted ©.