2004-09-11 17:33:21

Igreja da Inglaterra pede a Parlamento que não modifique lei sobre eutanásia


Londres, 10 set (RV)- A Igreja Anglicana e a Conferência Episcopal Católica da Inglaterra e Gales uniram suas forças para pedir ao Parlamento que não modifique a lei em matéria de eutanásia, porque permitindo um suicídio assistido se minaria a proteção dos mais fracos.

Numa declaração conjunta, datada de 2 de setembro de 2004 e enviada ao Comitê da Câmara dos Lordes para o projeto de lei sobre a morte assistida para enfermos terminais, os representantes das duas Igrejas qualificam o texto de “errado” e “desnecessário”.

Advertem igualmente que a norma, se aprovada, afetaria a relação de confiança entre médico e paciente. O Comitê foi instituído para considerar um projeto de lei proposto por Lord Joffe.

A declaração conjunta dos bispos anglicanos e católicos afirma: “É profundamente errado propor uma lei pela qual seria legal que os doentes terminais fossem assistidos ou ajudados a suicidar-se, por aqueles que cuidam deles, ainda que se assegure que isso poderia ser autorizado só pelo próprio doente.”

Os doentes terminais necessitam é de assistência e não de morte, afirma a hierarquia de ambas as Igrejas. “Necessitam de cuidados paliativos, que compreendem sistemas adequados e eficazes de alívio da dor. Precisam tratados com a compaixão e o respeito que esse projeto de lei colocaria em risco” _ conclui a declaração.

Na carta que a acompanha, dirigida ao Presidente do Comitê, Lord Mackay, o Dr. Rowan Williams, Arcebispo anglicano de Cantuária, e o Cardeal Cormac Murphy-O’Connor, Arcebispo católico de Westminster, afirmam: “Cremos firmemente que o respeito à vida humana em todas as suas etapas é a base de uma sociedade civil.” (MZ)








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