Jacarta, 10 set (RV)- Dor pelas vítimas, rejeição à violência e denúncia da instrumentalização da religião: esses são os pontos principais de um comunicado dos bispos da Indonésia, difundido depois do atentado que, na quinta-feira, assolou Jacarta e acabou com a vida de pelo menos oito pessoas.
Um carro-bomba explodiu junto à embaixada australiana, na zona financeira da capital indonésia. Ao número de vítimas fatais somam-se mais de 160 feridos, segundo contabilizou o Ministério da Saúde daquela Nação asiática.
Diante do episódio de violência, os bispos indonésios expressam, num documento, a sua dor pelo ato de terror que abalou a capital da Indonésia e declaram a proximidade e solidariedade da Igreja para com as famílias das vítimas.
Opondo-se a toda a lógica de violência e de morte, os prelados pedem às autoridades civis e a todo o povo indonésio que expressem firmemente a sua indignação e garantam um compromisso pessoal, de rejeitar atos de barbárie que são contrários à humanidade, à civilização e à religião.
Nesse contexto, sublinham que o terrorismo não tem relação com a religião e denunciam que até os símbolos religiosos são instrumentalizados pelos grupos terroristas para alcançar objetivos puramente políticos.
A Indonésia é o maior país muçulmano do mundo: dos seus 234 milhões de habitantes, 88% são muçulmanos, 5% protestantes, 3% católicos, 2% hindus, 1% budista. (MZ)
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