O pesar de JPII pela morte do Cardeal espanhol Marcelo González Martín

Cidade do Vaticano, 26 ago (RV)- Um “pastor diligente”, que se empenhou na “aplicação do Concílio Vaticano II e em favor da renovação da Igreja”. São algumas das palavras de estima e de afeto com as quais JPII expressou sua última saudação ao Cardeal Marcelo González Martín, Arcebispo emérito de Toledo, Espanha, falecido ontem, aos 86 Anos, em Fuentes de Nava, onde transcorria este período do verão europeu.

Ao ressaltar _ num telegrama de pesar _ os dotes de abnegação a serviço da Igreja, o Papa recorda o “trabalho de diálogo e de concórdia” realizado pelo purpurado espanhol, cujas exéquias se realizarão no próximo sábado, dia 28, na Catedral de Toledo.

Natural de Villanubla, Arquidiocese de Valladolid, onde estudou na Pontifícia Universidade de Camillas, o Cardeal González Martín, foi ordenado sacerdote aos 23 anos. Ensinou no Seminário de sua própria diocese e na Universidade estatal da mesma cidade, promovendo inúmeras iniciativas pastorais e sociais.

Ao mesmo tempo, percorreu toda a Espanha dirigindo exercícios espirituais e fazendo conferências sobre temas de fé e de espiritualidade.

Em 1960 foi nomeado Bispo de Astorga, onde fundou a “Rádio Popular de Astorga” e o Instituto Diocesano de Formação e Ação Pastoral. Em 1966 tornou-se Bispo Auxiliar do então Arcebispo de Barcelona, Dom Gregório Modrego, sucedendo-o um ano depois.

Promovido em 1971 para a sede primaz de Toledo, em 1973 foi elevado ao cardinalato, tornando-se Arcebispo emérito de Toledo em 23 de junho de 1995.

Com a morte do purpurado espanhol, o Sacro Colégio Cardinalício fica agora composto de 189 cardeais, 123 dos quais, eleitores num eventual conclave. (RL)