2004-08-27 16:19:47

Na Audiência Geral desta quarta-feira, a solene entrega do ícone da “Mãe de Deus”, de Kazan, ao Cardeal Kasper


Cidade do Vaticano, 25 ago (RV)- JPII veio ao Vaticano esta manhã, proveniente de Castel Gandolfo, onde transcorre este período do verão europeu, especialmente para o habitual encontro semanal com os fiéis e peregrinos de todo o mundo, na Audiência Geral.

Um antigo ícone que simboliza a grande história de fé do povo russo. Mas também um ícone que expressa o “grande afeto” e a “estima” de JPII pelo Patriarca ortodoxo Aleksej II e, ao mesmo tempo, seu desejo de recompor o mais rápido possível e “plenamente a unidade perdida”.

A Audiência Geral de hoje revestiu-se de uma atmosfera de intensa emoção, porque no seu decorrer, o Papa entregou oficialmente ao Cardeal Walter Kasper, Presidente do Pontifício Conselho para Promoção da Unidade dos Cristãos, o ícone da “Mãe de Deus”, de Kazan, que o Cardeal levará à Rússia, para ser restituído ao Patriarcado de Moscou.

Cinco mil fiéis e peregrinos provenientes de 16 países participaram da celebração da Palavra, que precedeu a entrega da imagem a seu portador.

Antes de confiar a imagem ao Cardeal Kasper, que tem a incumbência de levá-la a Moscou e entregá-la, no próximo sábado, ao Patriarca Aleksej II, JPII quis recordar o modo como essa imagem, “após ter atravessado vários países”, chegou “providencialmente à casa do Papa”.

Desde então, disse o Pontífice, “encontrou lugar próximo a mim e me acompanhou com olhar materno o meu serviço diário à Igreja”.

“Quantas vezes, desde aquele dia, invoquei a “Mãe de Deus”, de Kazan, pedindo-lhe que protegesse e conduzisse o povo russo que lhe é devoto, e que apressasse o momento no qual todos os discípulos de seu Filho, reconhecendo-se como irmãos, soubessem recompor plenamente a unidade perdida.”

Em torno daquele ícone _ observou JPII _ “desenvolveu-se a grande história” da “santa Rússia”, graças a um povo que permaneceu “profundamente cristão” mesmo quando _ afirmou o Pontífice _ “forças adversas exasperaram-se contra a Igreja e tentaram eliminar da vida dos homens o santo nome de Deus”.

Aquele povo, ao invés, testemunhou, “em muitos casos com o sangue, a própria fidelidade ao Evangelho e aos valores que ele inspira”.

Foi com “particular emoção”, portanto, que JPII disse querer fazer chegar às mãos “do venerado Patriarca de Moscou e de todas as Rússias” o ícone da “Mãe de Deus”, de Kazan.

“Que essa antiga imagem da Mãe do Senhor expresse a Sua Santidade Aleksej II e ao venerando Sínodo da Igreja Ortodoxa russa o afeto do Sucessor de Pedro por eles e por todos os fiéis a eles confiados (...). Expresse o desejo e o firme propósito do Papa de Roma de progredir junto com eles no caminho de recíproco conhecimento e reconciliação, para apressar o dia daquela plena unidade dos fiéis pela qual o Senhor Jesus rezou ardentemente.”

A seguir, acompanhado pelo canto “Salve, Mater misericordiae”, o ícone mariano deu o primeiro passo de sua longa viagem de retorno, desfilando lentamente diante dos fiéis e peregrinos presentes, que poderão venerá-lo na Basílica de São Pedro durante todo o dia de amanhã. (RL)-








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