Daejeon (Coréia do Sul), 20 ago (RV)- O conceito de família não deve ser “idealizado”, porque as famílias de imigrantes passam por sofrimentos e danos reais, que precisam de respostas concretas e adequadas quer em nível político, quer em nível pastoral.
Em seu pronunciamento sobre o problema das migrações, na plenária dos episcopados asiáticos (FABC), na Coréia do Sul, o Cardeal Stephen Fumio Hamao, Presidente do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes, falou sobre a posição da Santa Sé sobre o assunto.
Além do magistério do Papa, o Cardeal Hamao fez referência, de modo particular, à Instrução publicada pelo Pontifício Conselho do qual é presidente, intitulada “Erga migrantes caritas Christi” (A caridade de Cristo para com os migrantes).
Após um quadro das inevitáveis dificuldades de ambientação sociocultural, que atingem as famílias que chegam a uma nova terra, o Cardeal Fumio Hamao afirmou que, para aliviar tais dificuldades, são sobretudo os cristãos que devem responder a um imperativo urgente: o de colocar em prática “uma autêntica cultura do acolhimento”.
-É possível desenvolver essa sensibilidade, sobretudo em relação aos pobres, de modo particular através da “formação religiosa e da catequese”. No mais, prosseguiu o purpurado, também a celebração da fé permanece sendo um ponto central dos novos núcleos de imigrantes.
Eis porque, ressaltou o Cardeal Hamao, o “cuidado pastoral pela família, de modo geral, e pelas famílias refugiadas, de modo particular, não pode ser considerado separadamente de todos os outros aspectos do cuidado pastoral”.
A Igreja jamais esquece de reiterar o direito dos imigrantes à tutela de seus direitos. E ao pedir a adoção de políticas em condições de favorecer a integração de quem é obrigado a procurar uma casa numa nova Pátria, o Presidente do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes tomou como exemplo o “status” da Família Sagrada de Nazaré, fazendo uma releitura numa perspectiva incomum: “Jesus _ disse o purpurado _ era um refugiado e José era um imigrante clandestino.”
Portanto, concluiu o Cardeal Hamao, “sim” aos valores da solidariedade e da hospitalidade que favorecem a entrada e a estabilidade das famílias de imigrantes, e “não” a “todos os sentimentos e manifestações de xenofobia e racismo”. (RL)
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