2004-08-02 19:49:12

Carta aos bispos sobre a colaboração do homem e da mulher na Igreja e no mundo


Cidade do Vaticano, 31 jul (RV)- A Congregação para a Doutrina da Fé publicou neste sábado, uma “Carta aos bispos da Igreja Católica sobre a colaboração do homem e da mulher na Igreja e no mundo”.

O documento _ assinado pelo Prefeito da Congregação _ Cardeal Joseph Ratzinger _ após uma apresentação e avaliação crítica de algumas concepções antropológicas atuais, propõe reflexões inspiradas pelos dados fundamentais da antropologia bíblica; indispensáveis para salvaguardar a identidade da pessoa humana.

A carta propõe uma reta compreensão da colaboração ativa entre homem e mulher na Igreja e no mundo, no reconhecimento de sua diferença. O documento dá atenção particular ao mundo feminino.

Após a “Mulieris Dignitatem”, de 1988, e a “Carta às Mulheres”, de 1995, de JPII, o que diz de novo sobre a mulher esse documento doutrinal da Congregação para a Doutrina da Fé? Foi o que perguntamos a Dom Angelo Amato, Secretário desse organismo vaticano...

Dom Angelo Amato:-“A novidade nos é dada pela resposta a duas tendências bem delineadas na cultura contemporânea. A primeira tendência ressalta fortemente a condição de subordinação da mulher, que, para ser ela mesma, deve se colocar como antagonista ao homem. Apresenta-se, portanto, uma rivalidade radical entre os sexos, na qual a identidade e o papel de um, contribui para a desvantagem do outro. Para evitar essa contraposição, uma segunda corrente tende a eliminar as diferenças entre os dois sexos. A diferença corpórea, chamada sexo, é minimizada e considerada um simples efeito de condicionamentos socioculturais. Evidencia-se ao máximo, portanto, dimensão estritamente cultural chamada gênero. Nasce daí a contestação da índole natural da família _ composta de pai-mãe _ a equiparação da homossexualidade à heterossexualidade, a proposta de uma sexualidade polimórfica.”

P. Dom Amato, qual é a raiz dessa última tendência?

Dom Angelo Amato:- “Essa perspectiva nasce do pressuposto de que a natureza humana não teria em si mesma, características que a determinassem de modo absoluto como homem e como mulher. Portanto, cada pessoa, livre de qualquer predeterminação biológica, poderia modelar-se segundo seus próprios gostos. Diante dessas concepções errôneas a Igreja reitera alguns aspectos essenciais da antropologia cristã fundados no dado revelado da Sagrada Escritura.” (RL)








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