Cidade do Vaticano, 28 jul (RV)- Na manhã desta quarta-feira, o Santo Padre deixou, pela segunda vez neste período, a residência pontifícia de verão, de Castel Gandolfo, para vir se encontrar com os numerosos fiéis e peregrinos reunidos na Sala Paulo VI, para a Audiência Geral.
Deus está no futuro do homem, que deve rejeitar “radicalmente a tentação da idolatria, com seus ritos sanguinários e suas invocações blasfemas. É uma escolha de campo, decisiva e clara”.
Em sua catequese de hoje, o Papa refletiu sobre o Salmo 15 _ O Senhor é a minha herança _ “um cântico luminoso de caráter místico”.
O salmista fala de Deus como o único bem, o único refúgio no qual encontra força para a vida do dia-a-dia e desenvolve dois temas: a herança, dom da terra prometida ao povo de Israel; e a comunhão perfeita e contínua com o Senhor.
Em primeiro lugar, através do símbolo da herança proclama que Deus é o seu futuro: “o Senhor é a parte de minha herança”.
“Aí _ explicou o Papa _ se afirma que Deus é a herança do fiel e que ter Deus como futuro é verdadeiramente uma herança magnífica.”
“Sois o meu Senhor. Fora de vós não há felicidade para mim. Deus é, portanto, visto como o único bem e por isso o orante escolhe colocar-se no âmbito da comunidade de todos aqueles que são fiéis ao Senhor.”
Mas o salmista acrescenta um segundo tema: o da “comunhão perfeita e contínua com o Senhor”. Aí são propostos dois novos símbolos: o primeiro é o do corpo, descrito no seu aspecto físico, emotivo e frágil.
“É, portanto _ observou o Santo Padre _ a representação do ser total da pessoa, que não é absorvida e aniquilada na corrupção do sepulcro, mas mantida na vida plena e feliz com Deus.”
O segundo símbolo é o do caminho: “Vós me ensinareis o caminho da vida”. Através desse segundo símbolo, o salmista consegue ampliar a perspectiva em relação à esperança da comunhão com Deus, para além da morte, na vida eterna. “Eis porque _ concluiu o Papa _ esse salmo foi usado pelo Novo Testamento para proclamar a ressurreição de Cristo.”
Ao término da Audiência Geral, o Santo Padre passou a saudar os diversos grupos de fiéis e peregrinos presentes na Sala Paulo VI. Eis o que disse aos fiéis e peregrinos de língua portuguesa:
“Irmãos e irmãs de língua portuguesa, a minha afetuosa saudação para todos vós, com menção especial aos grupos do Patriarcado de Lisboa, da paróquia de Baguim do Monte, no Porto, e também da Diocese brasileira de Mogi das Cruzes. Obrigado pela vossa visita e pelas orações com que me lembrais ao Senhor. Confiando à Virgem Mãe esta vossa romagem, invoco, com a minha bênção sobre os vossos passos e a vossa família, a alegria plena que brota da intimidade com Deus.”(RL)
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