China tem a censura mais ampla e onerosa da Internet

Pequim, 23 jul (RV)- A China adotou a censura “mais ampla e dispendiosa de todos os outros países do mundo” contra numerosos sites de conteúdo religiosa na Internet, com base no exterior, aos quais o acesso é negado por um órgão especial de vigilância.

A denúncia, segundo refere a agência de notícias AsiaNews, foi feita por um grupo cristão de informação on-line, “Forum 18”, com sede na Noruega, que por dois meses coordenou uma pesquisa, cujo resultado evidenciou esse controle capilar e rigoroso da rede, em particular daqueles sites que tratam de perseguições de grupos cristãos e outros minorias no país, e que, para o governo, possam representar questões políticas, comprometer a estabilidade social e alimentar tendências separatistas.

A sondagem foi realizada entre meados de maio e meados de julho, compreendendo também a data importante de 4 de junho (15º aniversário da repressão da Praça Tie-nam-men), verificando o acesso à Internet de diversas localidades da China. Foi impossível visitar sites que falam sobre a perseguição de católicos e protestantes, sobre o Dalai Lama, o movimento religioso da Falun Gong, e a minoria muçulmana uigura de Xinjiang, censurados pelo dispositivo governamental “Golden Shield Firewall”.

Essa sondagem, observa a AsiaNews, mostrou que sites de conteúdo religioso ou da Igreja Católica não são considerados “nocivos”. Dentre eles, destacam-se os sites do Vaticano, da agência missionária de notícias FIDES, a secção chinesa do site da Rádio Vaticano, além do site da Rádio Veritas com sede em Taiwan, os quais podem ser acessados sem problemas. (MZ)