Quito, 22 jul (RV)- Começou ontem, dia 21, em Quito, Equador, o II Encontro Continental dos Povos Indígenas das Américas. O encerramento do encontro está previsto para o próximo dia 25, mesma data em que tem início o I Fórum Social das Américas, também em Quito.
Durante os cinco dias do encontro, indígenas de diversos povos de todo o continente americano, participarão de conferências, mesas de trabalho e plenárias, onde serão discutidos os temas: terras, territórios e recursos naturais; autonomia e livre autodeterminação; diversidade e pluralidade; conhecimentos indígenas e propriedade intelectual; direitos indígenas e organismos multilaterais; nacionalidades e povos indígenas; movimentos sociais e Fórum Social Mundial; mulheres indígenas; participação política e governos alternativos; e militarização.
Segundo representantes da comissão organizadora do encontro, o objetivo é compartilhar as riquezas culturais, experiências de luta, e realidades dos diferentes povos de cada país.
Além disso, eles esperam desenvolver propostas alternativas, a partir das próprias cosmovisões dos povos; estreitar laços de solidariedade e linhas de ação conjuntas em defesa dos direitos e desenvolvimento dos povos indígenas; e estabelecer mecanismos de alcance permanente entre os povos, fortalecendo a participação indígena no Fórum Social Mundial, e alianças com outros setores sociais do continente.
Seis lideranças indígenas do Brasil participam do encontro, representando a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB), a Articulação dos Povos Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (APOINME) e o Conselho Indígena de Roraima (CIR).
O encontro marca o encerramento da Década dos Povos Indígenas do Mundo, declarada pela Organização das Nações Unidas em 1994, e a discussão, no âmbito da Organização dos Estados Americanos (OEA), da Declaração Americana dos Direitos dos Povos Indígenas. (MZ)
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