2004-07-10 18:15:45

Bispos da Colômbia pedem soluções para o conflito armado


Bogotá, 09 jul (RV)– O Cardeal Pedro Rubiano Sáenz, Arcebispo da capital colombiano e Presidente da Conferência Episcopal Colombiana considera urgente encontrar soluções para o conflito que há décadas ensangüenta o país, “pelo que é necessário que os partidos e grupos sociais ponham o bem comum acima de seus interesses particulares”.

“Preocupa-nos a falta de unidade de soluções por parte dos dirigentes colombianos e é necessário e urgente o concurso de todos os cidadãos”, disse o líder dos bispos colombianos perante a situação de conflito no país.

Os prelados falaram de situações de violência e terrorismo, exclusão, seqüestro, corrupção, narcotráfico, pobreza e desemprego como manifestações do conflito.

“A Pátria, bem de todos os colombianos, deve estar acima dos partidos, das ideologias e dos interesses particulares”, insistiu o primaz da Colômbia.

Os 85 bispos do país estão reunidos até hoje, respondendo ao “dever de investigar a fundo os sinais dos tempos, na realidade do país, e de estar atentos a iluminar, a partir da fé, as situações vividas pelo povo de Deus”.

Na credibilidade que a população outorga aos bispos como “conseqüência da firmeza no anúncio do Evangelho e do compromisso transparente da Igreja a serviço da pessoa humana, do bem comum e do país”, o Episcopado analisa nestes dias, principalmente a questão da paz negociada e o acordo humanitário.

Constatando que as últimas aproximações do governo com as “Autodefesas” e com o “ELN” (Exército de Libertação Nacional) abrem espaço à esperança, a Conferência Episcopal pediu aos colombianos “uma atitude positiva e uma vontade decidida de viabilizar esses esforços”, para que possam ter êxito.

O Cardeal Pedro Rubiano Sáenz lançou também um apelo explícito às “Autodefesas Unidas da Colômbia” (AUC) para que enfrentem com responsabilidade histórica o início formal das negociações de paz com o governo.

A questão dos deslocados também foi abordada pelo Cardeal Rubiano Sáenz em seu discurso, lembrando que as fontes oficiais calculam em mais de dois milhões as pessoas refugiadas, enquanto mais de 36 mil colombianos pediram e conseguiram refúgio em outros países, nos últimos anos. (MZ)








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