Papa se despede dos fiéis antes de partir para o Vale d’Aosta

Cidade do Vaticano, 04 jul (RV)– Cerca de 20 mil fiéis, peregrinos e turistas provenientes de todas as partes do mundo, reuniram-se neste quente domingo de verão romano, na monumental Praça São Pedro, para rezar com o Santo Padre, a oração mariana do Angelus.

Da janela de seus aposentos, que se abre para a Praça São Pedro, o Papa agradeceu a Deus pela recente visita do Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, que visitou o Pontífice e o Vaticano, juntamente com uma delegação, nos dias passados.

“Celebramos a festa dos santos apóstolos Pedro e Paulo, comemorando o histórico encontro de 40 anos atrás, entre os nossos predecessores, Paulo VI e Athenagoras, em Jerusalém” _ disse JPII.

A seguir, o Papa recordou a assinatura de uma Declaração comum, que confirma e impulsiona o empenho comum de católicos e ortodoxos em prol da plena comunhão dos cristãos.

 

Reconhecendo os progressos feitos e admitindo que ainda há obstáculos a serem superados, o Santo Padre e Bartolomeu I reafirmaram o desejo de prosseguir, intensificando, se possível, o caminho do diálogo ecumênico, com relações “fraternas” (diálogo da caridade) e do confronto doutrinal (diálogo da verdade).

De fato, acrescentou o Papa, este foi o espírito com o qual se enfrentaram os mal-entendidos e problemas do passado recente. “Mas os cristãos devem sempre colaborar entre si, mesmo em presença de divisões e conflitos. É um modo eloqüente de anunciar o Evangelho da paz, num mundo _ sublinhou JPII _ tão marcado por desequilíbrios e violências.”

Antes de concluir seu encontro com os fiéis presentes na Praça São Pedro, o Papa anunciou que amanhã partirá para o Vale d’Aosta, para um breve período de respouso...

“A convite do Bispo de Aosta, amanhã, se Deus quiser, partirei por alguns dias para o Vale d’Aosta. Enquanto me preparo para esta breve viagem, penso nas famílias que estão também programando, neste período, suas férias: desejo a todos muita serenidade e descanso. Mas, ao mesmo tempo, penso naqueles que, por algum motivo, não poderão tirar férias. Gostaria que todos aproveitassem bem a justa pausa do trabalho. Espero que se promovam iniciativas de recreação, enriquecidas por genuínas relações humanas, para ajudar as pessoas sozinhas e em situação difícil.”

 

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Amanhã de manhã, de fato, JPII estará deixando Roma para repousar nos Alpes. O Papa deixará o Vaticano às 10h, com destino ao aeroporto romano de Ciampino, onde tomará o avião que o levará a Aosta, aonde deverá chegar por volta da 11h40.

A pequena comitiva do Papa será recebida pelo Bispo diocesano, Dom Giuseppe Anfossi, e se transferirá rapidamente para a localidade de Les Combes, onde está prevista a realização, ao meio-dia, de uma cerimônia simples e rápida, durante a qual o Papa receberá as saudações de boas-vindas por parte das autoridades locais, civis e militares.

Esta não será a primeira vez que o Papa transcorre um breve período de repouso em Les Combes. Ali, permanece hospedado num pequeno chalé, localizado a 1.660 m de altitude.

Na bagagem, o Pontífice leva livros de filosofia, antropologia, e espiritualidade. Na leitura desses livros e na contemplação das montanhas, como ele mesmo sublinhou diversas vezes, JPII encontra inspiração para suas orações e meditações.

Nesta breve parêntese em suas atividades, o Papa é acompanhado por seu secretário particular, Dom Stanislaw Dziwisz, e um encarregado auxiliar, Angelo Gugel, além de seu médico particular, Dr. Renato Buzzonetti, algumas religiosas polonesas que o assistem normalmente aqui no Vaticano, e o porta-voz, Joaquín Navarro-Valls. (CM)