2004-06-30 16:57:54

Audiência Geral: Papa fala do significado do Pálio


Cidade do Vaticano, 30 jun (RV)- O Papa João Paulo II encontrou-se na manhã de hoje com os fiéis e peregrinos de todas as partes do mundo durante a habitual Audiência Geral das quartas-feiras. Foi a última audiência antes do seu período de repouso, que tem início na segunda-feira, dia 5 de julho.

De fato, de 5 a 17 de julho estão suspensas todas as audiências privadas do Papa. JPII vai tirar alguns dias de férias na região dos Alpes italianos, em Vale da Aosta. De lá, até o final o verão europeu, o Papa se transfere para sua residência de verão em Castel Gandolfo, nas proximidades de Roma.

Assim, a tradicional Audiência Geral, a partir do dia 21 de julho, terá lugar no pátio do Palácio Apostólico de Castel Gandolfo. No mesmo pátio, JPII vai recitar o Angelus, aos domingos, a partir do dia 18 de julho.

Na sua alocução na manhã de hoje, o Santo Padre recordou a solenidade celebrada ontem dos Apóstolos Pedro e Paulo, venerados de modo especial aqui em Roma, onde ambos selaram com o sangue o seu admirável testemunho de amor ao Senhor.

O Papa destacou que a solene Liturgia eucarística de ontem foi enriquecida este ano pela fraterna participação de Sua Santidade o Patriarca Ecumênico Bartolomeu I, que veio a Roma para comemorar os 40 anos do histórico encontro e do abraço entre Paulo VI e o Patriarca Atenágoras I.

Teve um significado especial também a presença dos arcebispos metropolitanos, eleitos durante o último ano, aos quais o Papa impôs o Pálio Sagrado. Os arcebispos estavam presentes na Praça Pedro esta manhã com seus familiares, e a eles o Papa dirigiu algumas palavras.

“Eu os saúdo com grande afeto, assim como os seus parentes e amigos, e estendo o meu pensamento às comunidades confiadas a seus cuidados pastorais. A presença dos senhores me oferece a oportunidade para refletir sobre o significado da antiga tradição da imposição dos Pálios”, disse o Papa.

A partir do siculo 9º, os arcebispos nomeados nas Sedes metropolitanas recebem do Papa uma particular insígnia litúrgica, o “Pálio”, como atestado de comunhão com o Bispo de Roma.

Tal insígnia que o Sumo Pontífice veste em todas as celebrações solenes e os metropolitanos em circunstâncias particulares, consiste numa estreita estola de lã branca que se coloca ao redor do pescoço. Todos os anos são confeccionados um número de Pálios correspondente aos novos Metropolitanos.

Abençoados pelo Papa nas Primeiras Vésperas da Solenidade dos Santos Pedro e Paulo, os Pálios são conservados numa urna especial na “Confissão” da Basílica Vaticana, ao lado do túmulo do Apóstolo, para ser imposto no dia seguinte aos arcebispos.

 

“O sinal do Pálio conserva também hoje uma singular eloqüência. Exprime o fundamental princípio de comunhão, que dá forma à vida eclesial em todos os seus aspectos; recorda que tal comunhão é orgânica e hierárquica; manifesta que a Igreja, para ser una, tem necessidade do serviço peculiar da Igreja de Roma e do seu Bispo, Chefe do Colégio Episcopal”, disse o Papa.

“Outro aspecto que o rito do Pálio coloca em evidência é o da catolicidade da Igreja”, disse ainda o Papa. De fato, a Igreja foi enviada por Cristo para anunciar o Evangelho a todas as nações e para servir toda a humanidade.

 

Depois da sua catequese, o Papa saudou todos os presentes nas suas respectivas línguas. Em português, ele disse:“Amados peregrinos de língua portuguesa, saúdo a todos os presentes nesta Audiência, especialmente a quantos vieram para acompanhar os Arcebispos de Aparecida, Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Cuiabá, Curitiba, Natal, Niterói, Paraíba e Vitória, na recepção do pálio, expressão feliz do nosso abraço eclesial. À Virgem Maria confio vossas vidas, famílias e dioceses, para todos implorando o precioso dom do amor e da unidade sobre a rocha de Pedro”.RealAudioMP3(SP)








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