2004-06-26 15:54:42

Religiões: as violações da liberdade religiosa no mundo


Roma, 26 jun (RV)- Mais luzes que sombras no que diz respeito à liberdade religiosa no mundo, com as situações críticas alimentadas, sobretudo, pelos regimes comunistas, pelo fundamentalismo hinduísta e islâmico. Esta é a indicação que emerge do “Relatório sobre a liberdade religiosa no mundo 2004”, apresentado pela organização de direito pontifício “Ajuda à Igreja que Sofre” (ACS) na Associação de Imprensa Estrangeira, em Roma.

Na Rússia, como dizem todos os observatórios, registrou-se uma discreta melhora. Em Kosovo, pelo contrário, as recentes explosões de violência feriram “sobretudo a minoria servo-ortodoxa”.

No continente americano, o México está saindo de uma tradição de “laicismo repressivo”, enquanto o problema do desrespeito pela liberdade religiosa é mais crítico em Cuba. A Colômbia, abalada pelos conflitos entre o exército e a guerrilha, com 3 milhões de deslocados, passou por cima deste direito. Nos Estados Unidos, desde fevereiro deste ano está em discussão o controvertido projeto do FBI de fichar todos os muçulmanos e os seus lugares de culto, dentro do território nacional.

Na Ásia, a situação ''parece ter melhorado'' na Arábia Saudita e um pouco em todo o Golfo Pérsico, e igualmente no Cazaquistão. Com um perfil negativo, ao invés, o Laos ocupa o primeiro lugar, cujos dirigentes declararam a intenção de ''eliminar os cristãos'', seguido pelo Vietnã. Na Coréia do Norte, até agora, a situação dos grupos religiosos permanece “um mistério”. No Paquistão, uma república islâmica, os cristãos não são perseguidos, mas são ''discriminados''.

Na África, focalizando os aspectos positivos, sobressaem o Egito _ onde o Natal copto-ortoxo foi reconhecido como ''uma festividade'' _ e a África do Sul, onde “o governo geralmente respeita a liberdade religiosa”. Ao contrário, no Sudão, o respeito pela liberdade religiosa existe ''só no papel'' e ''sistematicamente é violado pela ação política do governo''. Também em Uganda as igrejas cristãs e “em particular as missões católicas” pagam um preço muito caro por causa das fortes tensões locais.

Finalmente, o relatório de ACS cita uma vez mais a Itália, que, seguindo uma linha adotada pela Liga Norte, um dos partidos da situação, acabou engavetando um projeto de lei sobre a liberdade religiosa. (MZ)








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