AL e Caribe à frente no combate à AIDS

Washington, 18 jun (RV)- A Organização Pan-Americana de Saúde (OPS) informa que a América Latina e o Caribe estão à frente no mundo em desenvolvimento no que diz respeito ao tratamento para a Aids. Segundo dados da OPS, as pessoas sob tratamento com anti-retrovirais na região somam mais da metade de todas as pessoas que recebem tratamento nos países em desenvolvimento.

A OPS está promovendo uma iniciativa regional, no próximo ano, para aumentar em 174 mil o número de pessoas que recebem tratamento para a Aids na América Latina e no Caribe; número que corresponde ao número de pessoas que atualmente necessitam de tratamento, mas que ainda não têm acesso a ele. O esforço forma parte da iniciativa "Três milhões para 2005", lançada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no final de 2003, com a meta de ministrar o tratamento anti-retroviral a 3 milhões de pessoas do mundo em desenvolvimento até o final de 2005.

A maioria dos países da América Latina e do Caribe concentrou suas primeiras iniciativas contra a Aids na prevenção já que, fundamentalmente, se percebia que os anti-retrovirais estavam fora de alcance, devido aos altos custos.

Uma exceção foi o Brasil, que respondeu à sua epidemia de Aids com uma estratégia integral, que incorporava tanto a prevenção , além de prever o acesso universal à terapia com anti-retrovirais.

Para baixar o custo dos medicamentos, o Brasil começou a elaborar versões genéricas de anti-retrovirais em 1993 e negociou preços mais baixos com fabricantes de marcas conhecidas. Outros países têm seguido seu exemplo nas negociações com os produtores de medicamentos, para que baixem os preços dos anti-retrovirais, com o apoio da OPS/OMS e Onuaids – Organização das Nações Unidas para a Aids.

A Organização Pan-Americana da Saúde, fundada em 1902, trabalha com todos os países das Américas para melhorar a saúde e a qualidade de vida de sua gente. Além disso, a instituição é o escritório regional da OMS para as Américas. (CM)