Santa Sé abre seus arquivos sobre pisioneiros da II Guerra Mundial

Cidade do Vaticano, 08 jun (RV)– A Santa Sé autorizou, nesta terça-feira, a abertura de seus arquivos sobre os dois milhões e cem mil prisioneiros alemães e dos exércitos aliados, durante a II Guerra Mundial, assim como sobre as vítimas de perseguições políticas, religiosas e raciais nesse período.

Desta maneira, o Vaticano permitirá consultas aos 2.349 documentos arquivados em seu Gabinete de Informação sobre os prisioneiros de guerra (1939-1947).

O arquivo, administrado naquela época por Mons. Giovanni Battista Montini (que mais se tornaria o Papa Paulo VI) também será publicado em dois volumes e oito CD-roms e vendido pela Livraria Editora Vaticana.

“Não se trata de nenhum tema religioso ou político nos documentos, que permitem, sobretudo, o conhecimento da história, a partir da vida cotidiana dos afetados, como é a atual tendência da historiografia” _ afirma um comunicado do Gabinete de Informação.

No próximo ano, os historiadores terão a sua disposição, os documentos do pontificado de Pio XI, falecido em 10 de fevereiro de 1939, informou Mons. Sergio Pagano, Diretor dos Arquivos do Vaticano.

Nesses documentos, será possível estudar tudo o que diz respeito à preparação da encíclica que condena o nazismo _ “Mit Brennender Sorge” _ assim como a que concerne à perseguição dos judeus, que nunca foi publicada. (RL)