Últimos retoques na resolução Onu sobre o Iraque

Nova York, 07 jun (RV)- A necessidade de que as ações militares ofensivas no Iraque tenham o consentimento do governo de Bagdá parece ser o último obstáculo que encontra o projeto de resolução que está sendo negociado no Conselho de Segurança e que pode ser votado nos próximos dias.

O Conselho de Segurança reúne-se hoje, a portas fechadas, com o assessor especial da ONU, Lakhdar Brahimi, que informará formalmente sobre as medidas já adotadas para a formação do novo governo e, a seguir, efetuará consultas informais que levarão a um texto final; a esperança é que esse texto responda a algumas das últimas objeções.

Os EUA querem o sinal verde do Conselho de Segurança até amanhã, antes do início da Cúpula do G-8 (os sete países mais industrializados do mundo e mais a Rússia) em Sea Island, na Geórgia (EUA). Entretanto, as declarações do Vice-ministro do Exterior russo, Yuri Fedotov freiam o otimismo dos EUA. Com efeito, segundo Moscou, o novo esboço de resolução anglo-americana sobre o Iraque fez progressos, mas há ainda muitos pontos a concordar.

O Primeiro-ministro iraquiano, Iyad Allawi, reiterou a intenção do Iraque de fazer permanecer as forças estrangeiras no país, enquanto a situação da segurança o exigir. O Premier anunciou ainda, um acordo sobre o desmantelamento das milícias, cujos integrantes poderão unir-se às novas forças de segurança do país ou voltar à vida civil no início de 2005.

O acordo foi assinado por nove organizações, entre as quais não se encontra o chamado Exército do Mehdi, a milícia pessoal do líder xiita da resistência Moqtada al-Sadr. (PL)