2004-06-08 16:58:20

Santa Sé pede à OEA que lute contra a pobreza e o tráfico de armas


Cidade do Vaticano, 07 jun (RV)- Suspensão do tráfico de armas: a comunidade internacional deve se comprometer a ajudar os países pobres, se quiser uma paz duradoura. É o que escreve, em síntese, o Cardeal Secretário de Estado, Angelo Sodano, numa mensagem por ocasião da 34ª Assembléia Geral da OEA (Organização dos Estados Americanos) iniciada hoje em Quito, Equador. O purpurado fez chegar aos participantes a cordial saudação do Papa.

“Muitas armas circulam ainda em muitos países do mundo, enquanto existe muito mais necessidade de casas, escolas, estradas, luz elétrica, água potável e de medicamentos!”

O Cardeal Sodano condena com veemência, o tráfico de armas que, “comumente ligado a outros comércios ilícitos, representa um grave problema para o desenvolvimento integral do mundo”. E recorda que a Organização dos Estados Americanos foi a primeira instituição regional a adotar em 1988, uma Convenção contra esse fenômeno.

O purpurado recorda a visita de JII à sede da organização, 25 anos atrás: naquela ocasião, o Papa afirmou “que não é a corrida aos armamentos que permite conservar uma paz duradoura. Além de aumentar concretamente o perigo de um recurso às armas para resolver as disputas que podem surgir, essa acumulação de armas subtrai consideráveis recursos materiais e humanos aos grandes compromissos pacíficos do desenvolvimento, que são tão urgentes” (Discurso de JPII à OEA, n. 2, 6.X.1979).

A paz _ observa em seguida o Cardeal Sodano _ se apóia num fundamento comum: o direito à vida em todas as etapas de sua evolução, da concepção até a morte natural. “Um direito que não pode ser plenamente exercido, se as condições de vida não são dignas: se faltam o alimento, a casa, a instrução, a assistência sanitária, o trabalho, a liberdade...”

Para garantir tais condições “são necessários também ingentes recursos econômicos que, infelizmente, são habitualmente escassos”. “No entanto _ continua o Secretário de Estado _ quantas riquezas, também hoje, continuam a ser utilizadas para a aquisição e o fornecimento de instrumentos de guerra sempre mais sofisticados quando falta o necessário ao desenvolvimento integral do homem.”

A esse propósito, o Cardeal Sodano lançou novamente um apelo à comunidade internacional, para que realize “um esforço generoso”, ajudando “projetos de investimento ou de desenvolvimento” nos países mais pobres, com a consciência de “que uma doação hoje, pode constituir uma consistente poupança amanhã, e contribuir para a construção da paz e da segurança”. (RL)








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