2004-06-07 15:39:21

Papa chega à Suíça dando início à sua 103ª peregrinação apostólica internacional


Cidade do Vaticano, 05 jun (RV)- JPII foi recebido calorosamente, por 13 mil jovens suíços, no Palácio de Esportes de Berna, capital da Suíça. Foi seu primeiro compromisso em terras suíças, no âmbito desta sua 103ª viagem apostólica internacional.

Os jovens católicos suíços estão reunidos em seu I Encontro Nacional.

No discurso que dirigiu aos jovens, inspirando-se num trecho do Evangelho de Lucas _ que narra um encontro: de um lado o triste cortejo que acompanhava uma mãe viúva, do outro um grupo alegre de discípulos que seguiam Jesus e o escutavam _ o Papa disse que também hoje, podemos fazer parte daquele triste cortejo que avança na estrada do vilarejo de Nain.

“Isso acontece _ disse _ se vocês se deixarem levar pelo desespero; se as miragens da sociedade de consumo os seduzir e desviá-los da verdadeira alegria, fazendo-os apegar-se a prazeres passageiros. Se a indiferença e a superficialidade os envolverem, se diante do mal e do sofrimento, vocês duvidarem da presença de Deus e do seu amor a cada pessoa, e se vocês procurarem na ilusão enganosa de uma afetividade desordenada, a satisfação da sede interior de um amor verdadeiro e puro.”

Precisamente nestes momentos, frisou o Pontífice, Cristo se avizinha a cada um de vocês, como à mulher de Nain e dirige a palavra que emociona e desperta: Levanta-te! Acolhe o convite que te coloca em pé!

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O Papa chegou esta manhã a Berna, única etapa desta sua viagem à Suíça, que se concluirá no final da tarde deste domingo.

JPII foi recebido no aeroporto militar de Payerne, próximo a Berna, pelo Presidente do Conselho Federal Suíço, Joseph Deiss.

Em seu discurso de saudação à Nação, o Santo Padre disse: “Pela terceira vez, a Divina Providência me conduz a este nobre país, a Suíça. País que é uma encruzilhada de idiomas e culturas, para encontrar um povo que custodia antigas tradições e é aberto à modernidade.”

O Papa saudou o Presidente da Confederação Helvécia e todas as autoridades presentes. Saudou ainda a comunidade eclesial de todos os cantões do país e, por fim, os cristãos de outras confissões e todas as pessoas de boa vontade atuantes na Suíça.

JPII recordou o objetivo de sua peregrinação apostólica, que é encontrar os jovens católicos da Suíça, por ocasião do seu I Encontro Nacional, antecipando que o encontro seria “uma festa para eles e para mim”,.

Durante sua breve permanência na Suíça, o Papa estará hospedado na residência Viktoriaheim, que é a Casa das Irmãs da Caridade da Santa Cruz. Ali residem 70 religiosas e cerca de 80 anciãos.

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Amanhã de manhã, o Papa presidirá à celebração eucarística, no prado de Allmend, de Berna.

Segundo as estimativas, mais de 50 mil pessoas participarão da celebração: uma multidão inédita para a cidade de Berna, que tem 125 mil habitantes.

A imprensa local tem destacado as extraordinárias medidas de segurança que acompanham a visita do Papa. Para facilitar a chegada dos fiéis, a ferrovia estatal organizou 17 trens especiais, enquanto o exército irá garantir a segurança.

A Suíça é um país situado no coração da Europa. Em extensão territorial, a Suíça é 200 vezes menor que o Brasil. Tradicionalmente neutra, a Suíça só entrou oficialmente nas Nações Unidas em setembro de 2002, depois de um referendo. Sua capital é Berna, cidade onde o Papa se encontra.

Berna localiza-se no centro da Suíça. Fundada em 1191, é uma cidade universitária onde se fala alemão. Com suas históricas torres, é um dos exemplos mais significativos de urbanística medieval.

Os católicos representam 27% dos moradores, enquanto a maioria é protestante. Esta é a segunda vez que JPII visita a cidade. A primeira vez foi exatamente 20 anos atrás, em 1984.

Por ocasião da visita do Papa à Suíça, o governo da Confederação Helvécia anunciou oficialmente hoje, em Berna, o credenciamento do diplomata Hansrudolf Hoffmann na qualidade de embaixador “extraordinário e plenipotenciário” junto à Santa Sé.

Essa decisão normaliza as relações diplomáticas entre Berna e o Vaticano. Hoffmann era, até agora, definido embaixador em “missão especial” no Vaticano. (BF/WM)








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