2004-06-06 17:56:15

70 mil pessoas assistem à santa missa presidida pelo Papa em Berna


Cidade do Vaticano, 06 jun (RV) - “Caros irmãos, peço ao Senhor para que eu possa ser, em meio a vós, testemunha de esperança, daquela esperança que não desilude, porque fundada no amor de Deus, que “foi derramado em nossos corações, pelo Espírito Santo que nos foi dado”. É disso que o mundo tem uma particular necessidade hoje: de um suplemento de esperança!”

Essa foi a mensagem do Papa às cerca de 70 mil pessoas que participaram da santa missa presidida pelo Pontífice, no grande prado de Allmend, em Berna, capital da Suíça, no segundo e último dia de sua 103ª peregrinação apostólica internacional.

Neste domingo da Santíssima Trindade, todo cristão é chamado a um forte empenho em favor da unidade. E em sua homilia da santa missa desta manhã, JPII não deixou de recordar a importância de se prosseguir na estrada do ecumenismo.

Diante dos numerosos fiéis presentes, provenientes de toda a Suíça, o Santo Padre exortou os jovens a proclamarem o Evangelho sem medo: um convite que o Pontífice já fizera ontem, por ocasião de seu encontro com os jovens suíços _ reunidos no I Encontro Nacional de Jovens Católicos.

JPII reafirmou que todo ultraje ao homem é um ultraje a Deus, renovando sua exortação ao respeito absoluto dos direitos humanos.

Na Suíça das diversas confissões cristãs, o Papa foi recebido num clima de festa e com grande entusiasmo por parte dos jovens católicos que, pela primeira vez, reuniram-se num encontro nacional.

“O Papa quer bem a vocês _ disse o Pontífice comovido, aos jovens _ acompanha-os com sua oração cotidiana e conta com a colaboração de vocês para a causa do Evangelho.”

JPII exortou os fiéis a fazerem da Igreja “a casa e a escola da comunhão”, a fim de que se possa “purificar-se constantemente das toxinas do egoísmo”, e convidou-os “a passarem de uma fé de mero hábito a uma fé madura”.

Manifestando seu apreço pelo povo suíço, o Papa disse: “A Suíça tem uma grande tradição no que concerne ao respeito pelo homem. É uma tradição que aqui se encontra sob o signo da cruz: a Cruz Vermelha. Cristãos deste nobre país _ exortou JPII _ estejam sempre à altura desse vosso glorioso passado. Em cada ser humano, saibam reconhecer e honrar a imagem de Deus.”

A celebração da santa missa esta manhã foi caracterizada por muitos elementos simbólicos: a água do Batismo, proveniente dos quatro rios da Suíça _ Rhône, Reno, Ticino e Aare _ simbolizando as quatro comunidades lingüísticas _ alemão, francês, italiano e romanche (o dialeto reto-românico falado no cantão dos Grisões, que, em 1938, passou a ser a quarta língua oficial suíça) _ a toalha do altar confeccionada pelos jovens suíços e ainda, a universalidade da oração dos fiéis, nas quatro línguas nacionais, mas também em espanhol, portuguêsRealAudioMP3e albanês.

Depois da santa missa, na oração mariana do Angelus, o Pontífice confiou a Nação suíça à Virgem Santíssima, a fim de que “conserve a harmonia e a unidade entre os vários grupos lingüísticos e étnicos que a compõem”, valorizando a contribuição de cada um.

Antes de concluir, mais uma vez uma palavra especial aos jovens suíços... “A Maria _ disse o Santo Padre _ quero confiar de modo especial a juventude da Suíça, uma juventude à qual o Papa se volta com afeto e gratidão.”

Há cinco séculos, prosseguiu JPII, são os jovens deste país a assegurar ao Sucessor de Pedro, o precioso e inestimável serviço da Guarda Suíça Pontifícia, exemplo de fé e amor de tantos católicos suíços à Igreja.

No contexto de festa que caracteriza os encontros do Papa com a juventude de todo o mundo, e que é a tônica desta 103ª peregrinação apostólica internacional de JPII, uma nota de tristeza: a notícia do falecimento do ex-presidente dos EUA, Ronald Reagan. JPII recebeu com pesar a notícia do falecimento de Reagan e imediatamente se recolher em oração, pelo eterno repouso de sua alma. Dois dias atrás, por ocasião de seu colóquio com o atual chefe da Casa Branca, George W. Bush, no Vaticano, o Papa enviara a Nancy Reagan, uma calorosa mensagem de solidariedade e afeto, justamente em vista do grave estado de saúde em que versava o ex-presidente norte-americano, acometido de Alzheimer.

Após a celebração da santa missa e da oração mariana do Angelus, o Papa retornou à residência Viktoriaheim, de Berna, onde se encontra hospedado, para o almoço em companhia dos membros da Conferência Episcopal Helvécia, e com os cardeais e bispos da comitiva pontifícia.

Às 16h45, depois de um brevíssimo repouso, o Papa se despediu do comitê organizativo do Encontro com os jovens e, na capela situada no quarto andar da residência Viktoriaheim, encontrou-se com aqueles que ali residem: 70 religiosas, 80 hóspedes anciãos e 40 membros do pessoal que presta assistência.

A seguir, no largo situado diante da residência, encontrou-se com os membros da Associação dos ex-Guardas Suíços, aos quais dirigiu uma breve saudação.

Dali, partiu para o aeroporto militar de Payerne _ que dista 55 km _ onde teve lugar a cerimônia de despedida, com a presença do Presidente do Conselho Federal suíço, Joseph Deiss.

Às 19h _ quando estávamos iniciando a nossa transmissão _ JPII deixou a Suíça, a bordo de um A-321 da Alitália, com destino a Roma e ao Vaticano. A distância é de 690 km e o tempo estimado do vôo é de 1h45. Portanto, o Papa deverá estar chegando ao aeroporto romano de Ciampino, em torno da 20h45 (horário de Roma), correspondente às 15h45 (horário de Brasília). (AF)








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