Paris, 03 jun (RV)- Cerca de 1.500 organizações não governamentais (ONGs) dos países do G-8 (os sete mais industrializados do mundo mais a Rússia) pediram a seus respectivos governos, que reafirmem, durante a cúpula que realizarão de 8 a 10 de junho, em Sea Island (EUA), os compromissos de luta contra a pobreza.
“Paralelamente ao debate que farão, sobre a estabilidade
no mundo, nós lhes pedimos que lembrem dos compromissos assumidos em favor da ajuda
ao desenvolvimento, e que os coloquem no centro de suas políticas de governo”, dizem
as ONGs num comunicado divulgado nesta quinta-feira.
“Como eles mesmos reconheceram, de forma individual ou
conjunta, lutar contra a pobreza é bom para os interesses de todas as nações e sociedades.
Entretanto, suas políticas nacionais de ajuda ao desenvolvimento e seus orçamentos
não refletem esses compromissos”, lamentam as ONGs.
Para respeitar os objetivos do milênio, definidos em
2000 pela ONU, destinados principalmente a reduzir à metade, a fome e a extrema pobreza
no mundo, até 2015, essas organizações não-governamentais pedem aos países do G-8
que coloquem a “erradicação da pobreza como ponto central das agendas” de todas as
suas reuniões de cúpula.
Para ajudar a atingir esses objetivos, as ONGs recomendam a “utilização
de todos os instrumentos necessários”, como “a ajuda ao desenvolvimento, as políticas
comerciais, o alívio da dívida externa, a cessão de tecnologias e os investimentos
privados”.
“Nossos
membros trabalham ao lado de 1.200 pessoas que vivem com menos de um dólar por dia,
800 milhões que vão dormir toda noite com fome, 115 milhões de crianças que não podem
ir à escola e 1.400 mulheres que morrem a cada dia, porque não têm acesso a um médico
durante sua gravidez ou parto”, lembraram. (AF)
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