Exército israelense continua aplicando castigos coletivos nos territórios ocupados

Tel Aviv, 02 jun (RV)- O exército israelense continuou, nesta quarta-feira, a aplicar sua campanha de detenções, demolição de casas e remoção de oliveiras, em operações de castigo coletivo, já rotineiras na Faixa de Gaza e na Cisjordânia.

Os soldados israelenses detiveram quatro palestinos na cidade de Tulkarem, na Cisjordânia, e outros quatro na aldeia de Kufar al Libad.

Na parte antiga e no bairro de Al Yusa da cidade de Nablus, os soldados israelenses detiveram outros dois palestinos, um de 19 anos e outro de 43.

Em Nablus, dezenas de veículos militares israelenses abriram caminho a tiros, na madrugada passada, entraram em várias casas, confinaram seus moradores num quarto e se posicionaram em janelas e telhados.

Nos arredores dessa cidade e no campo de refugiados de Balata _ o maior da Cisjordânia, com mais de 21 mil habitantes _ o exército israelense deteve quatro palestinos. No campo de refugiados Ain al Sultan, na cidade de Jericó, o exército israelense deteve um palestino de 22 anos.

Paralelamente, os efetivos israelenses demoliram também hoje, quatro casas palestinas perto de Jerusalém, para construir o muro de segurança que cercará a cidade santa.

Na aldeia de Asala, a oeste da localidade de Kalkilia, na Cisjordânia, o exército arrasou vários hectares de campos de oliveiras, para permitir a construção de uma estrada de circunvalação, e a expansão de um assentamento judaico.

Na aldeia de Yanata, a sudeste de Belém, o exército israelense arrasou hoje, pelo terceiro dia consecutivo, campos de cultivo também plantados com oliveiras, árvores centenárias na Palestina e cujo fruto é um dos principais elementos da economia palestina.

No extremo sul da Faixa de Gaza, na localidade de Raffah, efetivos militares israelenses derrubaram algumas casas no bairro de refugiados de Kishta, onde um menino de 12 anos foi atingido no ombro por uma bala. Veículos militares israelenses penetraram nesse bairro adjacente à fronteira com o Egito.

Fontes médicas palestinas disseram que Tarik Subhi Tamaras e Husam Ahmad Hamad, ambos de 22 anos, foram mortos na manhã de hoje perto da estrada que liga a passagem de mercadorias de Karni ao assentamento judaico de Netzarim, a sul da Cidade de Gaza. (PL)