Nairóbi, 03 jun (RV)- Todas as denominações cristãs e pessoas de boa vontade foram convidadas a participar da missa que, nesta quinta-feira, foi celebrada na Basílica da Sagrada Família, de Nairóbi, pelas quinze crianças abortadas, cujos corpos foram encontrados junto a um rio da capital queniana.
Após a Eucaristia, cuja data de celebração coincide com a festa dos Mártires de Uganda (São Carlos Lwanga e companheiros), terá lugar o sepultamento das crianças, no cemitério de Langata, na capital.
O Presidente da Conferência Episcopal do Quênia, Dom Cornelius Kipng’eno Arap Korir _ da diocese de Eldoret _ culpou a sociedade e, em especial, os médicos manchados de cumplicidade em tão atrozes crimes contra a humanidade.
“Que se permitam ser carniceiros de uma maneira tão impiedosa é alarmante. Como se pode manejar a vida e a morte com a mesma mão” _ deplorou o prelado, num comunicado enviado na segunda-feira, à CISA (“Catholic Information Service for África”).
Segundo a agência, o Arcebispo de Nairóbi, Dom Raphael Ndingi Mwana’a Nzeki, comprometeu-se, no sábado, a mobilizar todos os católicos, para que não voltem a eleger políticos que apóiem o aborto.
“Vamos pôr em circulação os nomes de todos os que respaldam o aborto, e mobilizar nossos cristãos para que não os reelejam” _ declarou o prelado, durante o lançamento da pedra fundamental da construção de um centro comunitário, da paróquia de St. Austins, em Muthangari (Nairóbi).
Também o Arcebispo anglicano, Benjamin Nzimbi, apoiou a posição católica, com uma nota similar, na qual afirma que só Deus, como único doador de vida, pode tirá-la.
Apesar de ser uma prática ilegal no Quênia, calcula-se que a cada ano sejam realizados nesse país africano, em torno de 300 mil abortos. (MZ)
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