2004-06-03 19:54:58

Arábia Saudita fecha ONGs de caridade: a intenção é interromper financiamento a terroristas


Riad, 03 jun (RV)- A Arábia Saudita vai dissolver uma grande organização islâmica de caridade do país _ a fundação “Al Haramain Islamic” _ além de outros grupos privados, e seus fundos serão destinados a uma comissão criada para administrar obras beneficentes no exterior.

O objetivo é tentar interromper o financiamento de atividades terroristas, segundo informou Adelal Jubeir, assessor de Relações Exteriores do príncipe herdeiro, Abdullah bin Abdul Aziz.

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou simultaneamente, que outras cinco filiais de “Al Haramain Islamic” serão colocadas na lista negra de organizações terroristas, devido ao “apoio logístico, material e financeiro dado à Al-Qaeda e outras organizações terroristas”.

As cinco filiais da “Al Haramain Islamic” estão situadas no Afeganistão, Albânia, Bangladesh, Etiópia e Holanda.

No mês de janeiro, os Estados Unidos e a Arábia Saudita anunciaram a adoção de medidas contra grupos beneficentes em países como Indonésia, Quênia, Paquistão e Tanzânia.

Já no ano passado, o governo saudita ordenara o fechamento de todas as filiais da “Al Haramain Islamic” no exterior, mas posteriormente verificou-se que várias delas continuavam operando.

Ontem, o país, ainda abalado pelos violentos ataques do fim de semana passado em Khobar (leste), foi palco de novos incidentes: pessoas ainda não identificadas dispararam contra soldados norte-americanos, numa estrada no sul de Riad, sem que fossem registradas vítimas, e dois supostos membros da Al-Qaeda _ do terrorista Osama bin Laden _ foram mortos pela polícia local.

Os serviços de segurança sauditas buscam três dos quatro autores dos ataques e da captura de reféns em Khobar, episódio no qual morreram 22 pessoas.

Os supostos terroristas mortos ontem, que chegaram a trocar tiros com os policiais, foram encontrados numa região montanhosa perto de Meca (oeste). Um deles seria um dos “terroristas” mais procurados na Arábia Saudita, precisou um policial local. (MZ)








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