2004-06-02 19:07:19

A “Oração de um enfermo”, do Salmo 40, foi o tema da catequese do Papa na Audiência Geral de hoje


Cidade do Vaticano, 02 jun (RV)– A doença vivida na fé purifica a alma e assegura a consolação divina: foi o que disse JPII aos fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro, esta manhã, para a Audiência Geral, o encontro semanal do Pontífice com os fiéis e peregrinos dos mais distantes rincões do mundo.

O tema da enfermidade foi o ponto central da reflexão do Papa que, inspirado no Salmo 40, falou aos cerca de 13 mil fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro, sobre os diversos aspectos que circundam o doloroso cotidiano de um doente.

Até mesmo os aspectos piores, simbolizados no Salmo, pela presença dos “malvados”, que vão “visitar o doente, não para confortá-lo, mas sim para agredi-lo”.

"Muitos pobres humilhados, condenados a estar sozinhos e a sentir-se um peso para os próprios familiares, farão a mesma experiência, observou, com realismo, o Pontífice. E se por vezes recebem alguma palavra de consolação _ acrescentou _ percebem imediatamente o tom falso e hipócrita."

Mas inesperadamente o Salmo muda de tom e cenário e a amargura de quem, na fraqueza, se sente traído por seus próprios amigos, é substituída pela esperança na grande piedade que vem de Deus.

“A oração do Salmo 40 não se extenua, porém _ disse o Papa _ nesse quadro sombrio. O orante está certo de que Deus despontará no horizonte (...) será Ele a oferecer sua ajuda e a tomar o enfermo nos braços (...) revelando mais uma vez o Seu amor.”

O sofrimento, explicou JPII, pode esconder em si mesmo “um valor secreto e tornar-se uma estrada de purificação, de libertação interior, de enriquecimento da alma. O sofrimento convida a vencer a superficialidade, a vaidade, o egoísmo, o pecado e a confiar-se mais intensamente em Deus e na Sua vontade salvífica”.

Após a catequese, o Papa passou a saudar os diversos grupos de fiéis presentes na Praça São Pedro.

De maneira especial, recordou que hoje, 2 de junho, comemoram-se os 25 anos de sua primeira visita à Polônia, como Papa. E agradeceu a Deus, pelo sopro do Espírito Santo que passou por aquelas terras, suscitando uma profunda mudança.

JPII saudou ainda os fiéis italianos, que hoje celebram a Festa Nacional da República, e fez votos que a Itália possa conhecer um futuro de esperança, aberto à concórdia, à coesão interna e à solidariedade.

Falando aos fiéis e peregrinos de língua portuguesa, JPII disse (RealAudioMP3), antes de conceder a todos a sua bênção apostólica (RealAudioMP3):“Aos peregrinos vindos do Brasil e dos restantes países de língua portuguesa, com destaque para o grupo das Filhas de Maria Auxiliadora, dirijo uma afetuosa saudação de boas-vindas, agradecido pela sua presença e comunhão de oração. Sobre todos derrame o Espírito Santo seus dons, para que a vida de cada um não pare de florir e frutificar lá onde Deus o colocou. E mesmo quando a vida lhes fizer mal, não deixem de sorrir... ao menos para Deus, que tanto bem lhes quer.”(BF)








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