Autoridades proíbem distribuição gratuita de medicamentos em paróquia cubana

Havana, 27 mai (RV)- A agência de notícias Cubanet denunciou que as autoridades de Santa Clara proibiram que uma paróquia local entregasse medicamentos e óculos gratuitamente, à população local.

Há uma semana, o sacerdote encarregado da distribuição _ e identificado apenas como Pe. Fidencio _ foi obrigado a explicar às pessoas que chegaram à igreja de Santa Clara para buscar os medicamentos, a suspensão do serviço a partir do dia 1º de junho.

O sacerdote recebeu uma insólita comunicação oficial, na qual se recorda que Cuba é uma “potência médica” e que “na ilha não havia falta de medicamentos” e que, portanto, não havia necessidade de estarem distribuindo medicamentos, pois isso “leva o povo a se aglomerar sem necessidade”.

Segundo o sacerdote espanhol, uma funcionária da Saúde Pública lhe disse que “em Cuba, sobram medicamentos” razão pela qual, o proibiu de realizar distribuições. Foi-lhe dado um prazo até o dia 30 de maio para terminar com as doações.

A paróquia costumava distribuir os medicamentos e óculos doados pelos espanhóis e malteses, além de ser um dos canais da Cáritas Cuba, para assistir a população.

Todas as terças e sextas-feiras, desde cedo, dezenas de pessoas chegavam à igreja, para receber os medicamentos que não podem encontrar nos dispensários da Saúde Pública, e que o pessoal da igreja distribui gratuitamente, com a receita médica.

Pe. Fidencio afixou um cartaz na porta da igreja, com os seguintes dizeres: “A partir do dia 1º de junho, fica suspensa a doação de medicamentos, porque a paróquia não está autorizada a prestar esse serviço.” (MZ)