Roma, 25 mai (RV)- O mundo reage ao projeto de resolução que EUA e Grã-Bretanha apresentaram, nesta segunda-feira, ao Conselho de Segurança da Onu, sobre o Iraque.
A Rússia disse que só vai examinar o projeto anglo-americano de resolução da ONU sobre o Iraque depois da designação de um governo provisório “legítimo”, aceito pela sociedade iraquiana e pelos vizinhos do Iraque. Foi o que declarou nesta terça-feira, o Ministro das Relações Exteriores russo, Sergueï Lavrov.
A Comissão Européia manifestou satisfação pela passagem "prevista" do poder, no dia 30 de junho. Sobre a também prevista presença de tropas da coalizão, mesmo depois de tal data, a porta-voz do Comissário para as Relações Externas, Patten, observou que “se trata de uma escolha que caberá aos iraquianos”
O Presidente francês, Jacques Chirac, declarou ao Presidente norte-americano, George W. Bush, que o projeto de resolução sobre o Iraque é “uma boa base de discussão”, mas que é necessário continuar o debate sobre as responsabilidades do futuro governo, especialmente no campo da segurança.
O Ministro das Relações Exteriores da França, Barnier,foi pungente: ele fez saber que a resolução “deve ser discutida e melhorada” e que não deve ser “um cheque em branco” em favor dos EUA.
Já o Ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Fischer, definiu o esboço anglo-americano “uma ótima base sobre a qual se poderá alcançar um acordo". E o Premier britânico, Tony Blair, quis fazer um esclarecimento: ele disse que o novo governo iraquiano terá o direito de veto sobre as operações militares no país.
O ex-conselheiro do Pentágono para o Iraque, o xiita Ahmad Chalabi, dispara impiedoso contra o esboço de resolução apresentado ao Conselho de Segurança da ONU por EUA e Grã-Bretanha: Chalabi denuncia que o esboço de resolução não sanciona a transição da soberania a um governo iraquiano, e afirma que no seu discurso de segunda-feira, “Bush não disse nada de novo”.All the contents on this site are copyrighted ©. |