Papa à Imprensa Católica: não se deixar arrastar pelos “pecados da comunicação"


Cidade do Vaticano (RV) - O Santo Padre concluiu sua série de audiências, na manhã deste sábado (16/12), recebendo, na Sala Clementina, no Vaticano, cerca de 350 membros da União da Imprensa Periódica Italiana (Uspi) e da Federação Italiana dos Semanários Católicos (Fisc).

 Aos representantes dos cerca de 3 mil membros de pequenas, médias e grandes Empresas editoriais Papa Francisco recordou a sua tarefa específica, ou melhor, a sua missão, entre as mais importantes no mundo de hoje: “informar corretamente, oferecendo a todos uma versão real dos fatos:

“A sua voz, livre e responsável, é fundamental para o crescimento de uma sociedade, que se diz democrática, para que seja garantido o contínuo intercâmbio de ideias e um proveitoso debate, com base em dados reais e corretamente transmitidos”.

Em um mundo, dominado pela ânsia e pela vida frenética, ressaltou Francisco, percebe-se a necessidade de uma informação confiável, que não cause só maravilha ou emoção, mas faça crescer no leitor um senso crítico saudável para chegar a conclusões motivadas. Assim, a imprensa média e pequena não correrá o risco de manipular a realidade, as opiniões e os próprios leitores:

“Trata-se de um jornalismo intimamente ligado ao dinamismo local, às problemáticas do trabalho e às várias categorias que não têm voz. Desta lógica participam os Semanários diocesanos, que estão festejando seus 50 anos de atividades, que podem se revelar instrumentos úteis de evangelização, diálogo e comunicação”.

Trabalhar em Semanários diocesanos, explicou o Pontífice, significa “sentir” a palpitação da Igreja local e, sobretudo, viver conviver com as pessoas e ler os sinais dos tempos à luz do Evangelho e do Magistério da Igreja. Estes elementos são a “bússola” de como fazer jornalismo.

O Papa concluiu seu discurso aos representantes da Imprensa Católica dizendo: “Os Semanários diocesanos, integrados com as novas formas de comunicação digital, precisam de uma  maior renovação, discernimento e compromisso por parte dos pastores, da comunidade cristã e dos poderes públicos”.

E os exortou: “Não se deixem arrastar pelos “pecados da comunicação”. A desinformação, a calúnia sensacionalista ou difamatória, são pecados gravíssimos, que prejudicam o coração do jornalista e os leitores. (MT)








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