Mianmar e Bangladesh: brasileira relata drama das crianças na zona de conflito


Yangun (RV) – Dois países, um problema comum: a viagem do Papa Francisco a Mianmar e Bangladesh traz à tona o tema da migração forçada.

Na fronteira entre as duas nações, se encontra atualmente um dos maiores campos de refugiados do mundo. O conflito de longa data entre o exército birmanês e grupo rebelde do Estado de Rakhine obrigou mais de 600 mil pessoas a fugirem.

Neste Estado e em outros locais de combate (Kachin e Shan) em Mianmar atua Sunny Guidotti, do Fundo das Nações Unidas para a Infância, UNICEF. O trabalho da brasileira, natural de Recife, envolve a coordenação para prover abastecimento de água potável, instalações sanitárias e programas de higiene para crianças. Isto é, garantir padrões mínimos de serviços básicos para evitar riscos de surtos de doenças nos acampamentos e zonas vizinhas.

Em entrevista à Rádio Vaticano, ela fala da situação da infância no país e como os conflitos afetam a vida de cerca de dois milhões e meio de crianças. Ouça aqui:

“Para essas crianças, a promessa da paz permanece sem ser cumprida, enquanto suas esperanças por um futuro melhor são destruídas pela pobreza, pela falta de oportunidade e pelo medo constante da violência fruto do conflito. As crianças e suas comunidades continuam a ser deslocadas e muitas vezes são negadas o acesso a serviços básicos como abrigo, comida, água e educação. As crianças também são vulneráveis ​​a abusos e exploração. Todos nós que trabalhamos em Mianmar queremos que o governo tenha sucesso em seus esforços para promover a paz e a reconciliação após tantos anos de conflito.”








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