2017-11-26 13:17:00

Card. Parolin: presença de paz em Myanmar e Bangladesh


Nesta segunda-feira dia 27 de novembro o Papa Francisco estará em Myanmar ali permanecendo até ao dia 30. Depois será a vez da visita ao Bangladesh. É a terceira viagem do Santo Padre à Ásia.

Myanmar, antiga Birmânia, é um país de maioria budista. O Bangladesh é de maioria muçulmana. Os católicos são nestes países uma minoria. Também a isto se referiu o Cardeal Secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, em entrevista à Rádio Vaticano na reportagem do jornalista Alessandro di Bussolo e da qual apresentamos alguns excertos:

Nestes dois países a comunidade católica constitui uma minoria dentro da maioria, respetivamente muçulmana em Bangladesh e budista em Myanmar. É lógico que a primeira atenção, o primeiro interesse do Santo Padre nesta sua viagem, será dirigida justamente à comunidade cristã, para expressar proximidade, para expressar apoio e, ao mesmo tempo, acredito que o Papa encorajará estas comunidades, além de, naturalmente, confirmá-las na fé, para serem uma presença de paz, de reconciliação e de solidariedade nas próprias sociedades. Portanto, em trabalhar sobretudo para o bem comum, em não serem considerados estranhos à realidade do seu país, mas finalmente integrados e capazes de dar um contributo ao crescimento civil e pacífico destes países.”

Francisco visita a Ásia onde, devido à tensão entre a Coreia do Norte e os EUA, se vivem momentos de receio de uma possível guerra. Também a isto se referiu o Cardeal Parolin sublinhando o convite que o Santo Padre sempre faz para o caminho do diálogo na resolução de conflitos:

O Santo Padre já convidou várias vezes a buscar o caminho do diálogo para resolver as controvérsias existentes. Acredito que o facto de encontrar-se na Ásia, muito próximo desta área de crise que atualmente inquieta e preocupa todo o mundo, será uma ocasião para renovar este apelo. O Santo Padre está sempre disposto em oferecer toda a sua ajuda e a da Santa Sé, para tentar enfrentar e resolver estes problemas através do diálogo, a negociação e o encontro. Acredito que mais uma vez, nesta circunstância, renovará este apelo, sabendo que fora destes meios, não existe a possibilidade de resolver de maneira pacífica estas situações tão preocupantes, sabendo justamente, como os Papas já repetiram tantas vezes, que nada é perdido com a paz e tudo pode se perder com a guerra, sobretudo quando se trata, como neste caso, de uma guerra atómica.”

O Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, abordou também nesta entrevista o problema dos refugiados naqueles dois países, algo que muito preocupa a Papa Francisco:

O Papa já manifestou muitas vezes a sua atenção em relação à situação destes refugiados. Bastaria pensar no apelo pronunciado após o Regina Coeli de 24 de maio de 2015. Naturalmente, o apelo do Papa vai sempre nesta direção, antes de tudo, de insistir no acolhimento dos refugiados, e portanto, de exprimir também o apreço e agradecimento pelos países que assumem estas pessoas que fogem dos seus países, que têm necessidade de ajuda, de assistência pela situação de grande vulnerabilidade e sofrimento em que se encontram. Depois, o seu apelo vai no sentido de convidar a comunidade internacional a oferecer toda a assistência humanitária possível diante deste drama. Acredito que o seu apelo é um convite a uma solução duradoura destes problemas, sobretudo naquilo que diz respeito ao Estado de Rakhine, em Myanmar, e os refugiados que vivem esta situação. Uma solução duradoura que seja procurada por parte de todos os atores, de todos os protagonistas em espírito humanitário, levando em consideração também a importância para as pessoas, para a população, de ter uma nacionalidade e sabendo que somente esta solução duradoura pode oferecer estabilidade, paz e desenvolvimento àquela região e a todas as áreas de conflito.”

O Papa Francisco visita Myanmar e o Bangladesh a partir desta segunda-feira dia 27 de novembro.

(RS)

 

 








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