Instabilidade no Zimbábue. Os militares: “Queremos um novo rumo para o país”


Cidade do Vaticano (RV) - Golpe de Estado não declarado em Harare, no Zimbábue, por parte dos militantes que prenderam o presidente Mugabe e alguns membros do governo. Refugiada no exterior, no entanto, a esposa do chefe de Estado, Grace. O exército declara que quer tentar uma mudança de rumo depois de 37 anos sem transição democrática.

“Correção sem derramento de sangue do curso da história do Zimbábue”. Este o objetivo declarado pelo Exército que, na capital, Harare, tomou o poder e colocou em prisão domiciliar o presidente, Mugabe, de 93 anos, na poltrona presidencial há 37 anos e que rejeita uma transição democrática. As forças armadas, que negam que se trate de um golpe, argumentam que querem “atingir apenas os criminosos” reunidos “ao redor” daquele que neste momento é o mais idoso chefe de Estado do mundo. Em vez disso, a esposa de Mugabe, Graze, potencial herdeira do presidente fugiu para a Namíbia. A ação das forças armadas poderia representar uma reviravolta na história do país, segundo o jornalista Riccardo Barlaam, especialista em África do jornal italiano “Sole 24 ore”:

“Os militares, paradoxalmente, muitas vezes representam, na África, o extremo momento de uma mudança”. Não me parece que haja uma inspiração por Mugabe. A população está exasperada: não há trabalho, três quartos da população vive com menos de dois dólares por dia. As perspectivas para os cidadãos, para os jovens, são inexistentes”.

Mas os cenários incertos que se apresentam no Zimbábue preocupam a ONU, que lança um apelo à “calma, à não-violência e à moderação”. (SP)








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