Cardeal Braz de Aviz: Institutos Seculares, vocação revolucionária


Cidade do Vaticano (RV) - Concluiu-se, no último domingo (29/10), no instituto Augustinianum, em Roma, o congresso dos Institutos Seculares promovido pela Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica e pela Conferência Italiana dos Institutos Seculares. Durante o encontro foi abordado o tema “Além e no meio. Institutos seculares: histórias de paixão e profecia para Deus e para o mundo”.

“Numa vocação secular é a própria vida que forma. Os momentos de formação são aqueles que fazem com que a vida cotidiana forme continuamente”, disse o secretário do organismo vaticano, Dom José Rodríguez Carballo. 

“Se a vida é o lugar da presença e ação do Senhor, essa mesma vida torna-se também o instrumento para ler a Escritura, que por sua vez se torna Palavra de Deus para o hoje. Inicia-se da vida porque acreditamos que Deus continua se encarnando e estando presente nela. Conforme recordado muitas vezes pelo Papa Francisco, “o nosso Deus é o Deus da história e a nossa fé é um fé histórica”, disse ainda o arcebispo.

Sobre esse dom que os Institutos Seculares representam para a fecundidade da Igreja, Dom Carballo sublinhou que é uma novidade que consiste em dois elementos inseparáveis: “consagração e secularidade”, que levam ao apostolado do testemunho, compromisso cristão na vida social e evangelização. Ao mesmo tempo, a fraternidade, “sem ser determinada por uma comunidade de vida, é realmente comunhão”. 

O Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e a Sociedades de Vida Apostólica, Cardeal João Braz de Aviz, falou também sobre a vocação dos Institutos Seculares na missa celebrada na Basílica Vaticana, na conclusão do congresso. 

“Essa vocação é revolucionária”, disse o purpurado. A vida de “cada um de nós nos confirma que a experiência concreta para viver a alegria é encontrar o rosto de Deus nos outros. É preciso estar sempre na escola da Palavra e fazer experiência de Deus. O encontro com a Palavra nos leva a mudar as relações entre nós”. 

O Cardeal Braz de Aviz indicou duas palavras-chaves: “alegria e unidade”. Nesse sentido, “viver a alegria comunica aos outros que o encontro com Deus mudou a nossa vida”, concluiu ele.

(MJ) 








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