Papa: "Respeito dos direitos civis e religiosos em campos de conflito"


Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco concluiu sua série de audiências, na manhã deste sábado (28/10), no Vaticano, recebendo, na Sala Clementina, cerca de 250 Participantes na III Conferência sobre o Direito Internacional Humanitário, que tem como tema: “A proteção das populações civis nos conflitos. O papel das Organizações humanitárias e da sociedade civil”.

Em seu discurso, o Santo Padre partiu do tema central do encontro, sobretudo por ocasião dos 40 anos da adoção dos dois Protocolos adicionais às Convenções de Genebra, concernentes à “defesa das vítimas dos conflitos armados”.

A Santa Sé, disse, ratificou estes Acordos com o intuito de incentivar uma maior “humanização dos efeitos dos conflitos armados”:

“Ela não deixou de apreciar, de modo particular, as disposições relativas à defesa da população civil e dos bens indispensáveis para a sobrevivência, ao respeito dos agentes civis e religiosos no campo da saúde, como também ao ambiente natural, nossa Casa comum”.

De fato, acrescentou o Papa, não obstante a louvável tentativa de reduzir as consequências negativas das hostilidades entre a população civil, muitas vezes chegam, de diversos campos de conflitos, notícias de crimes atrozes, verdadeiros e próprios insultos às pessoas e à sua dignidade; pessoas sem vida, mutiladas ou decapitadas, torturadas, crucificadas, queimadas vivas e ultrajadas.

Por outro lado, Francisco recordou as tristes notícias de antigas cidades, com tesouros culturais milenários, destruídas; hospitais e escolas alvo de ataques devastadores, privando inteiras gerações de seu direito à vida, à saúde e à educação. E acrescentou:

“Quantas igrejas e lugares de culto são alvo de agressões, muitas vezes até durante celebrações litúrgicas, causando numerosas vítimas entre fiéis e celebrantes, reunidos em oração, em aberta violação do direito fundamental da liberdade religiosa”.

Diante de tais aberrações, disse o Pontífice, é preciso uma conversão dos corações, uma abertura a Deus e ao próximo, para que sejam superadas as indiferenças e vença a solidariedade, da qual possa brotar um maior compromisso em prol da humanidade sofredora.

Por fim, o Papa expressou seu apreço pelas numerosas demonstrações de solidariedade e caridade, em tempo de guerra, e auspiciou:

“Possam as Organizações humanitárias agir, em conformidade com os princípios fundamentais de humanidade, imparcialidade, neutralidade e independên-cia. Que tais princípios, que constituem o coração do direito humanitário, sejam acolhidos e colocados em prática pelos combatentes e agentes humanitários, juntamente com a assistência espiritual”. (MT)








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