Grupo de brasileiros em Santo Domingo para encontro sobre o perdão


Santo Domingo (RV) – Uma delegação brasileira está participando do V Encontro Internacional da ESPERE (Escolas de Perdão e Reconciliação), que se realiza até domingo na capital da República Dominicana. Cerca de 20 países estão sendo representados através da convocação de 450 facilitadores e promotores ativos da cultura política pela multiplicação da semana da paz.

Através de palestras e oficinas desenvolvidas na Casa Arquidiocesana María de la Altagracia, os participantes buscam incrementar as capacidades e experiências coletivas para a paz a fim de fortalecer a rede mundial. A frente de uma das abordagens estará o idealizador e potencializador da ESPERE, o Padre Leonel Narváez Gómez.

Reconhecendo a urgente necessidade de promover uma transformação estrutural na América, o tema do evento é “o perdão a si mesmo”, como ferramenta renovadora para desativar as violências sociais. Segundo a gaúcha Caroline Dreier, que participa dos quatro dias de encontro internacional, é uma iniciativa que vem a colaborar “para que o mundo caminhe em direção de uma comunicação não-violenta, de uma cultura de paz, com práticas de justiça restaurativa, de amor, de perdão e de reconciliação”.

A Irmã Imelda Maria Jacoby, que faz parte da coordenação nacional da Justiça Restaurativa da Pastoral Carcerária Nacional, também está em Santo Domingo, representando a região Sul da ESPERE Brasil. Ela salienta tamanha importância de perdoar a si mesmo para, então, perdoar o outro:

“Nós vivemos num mundo extremamente violento e acreditamos que a metodologia da Escola do Perdão e da Reconciliação é uma grande força e uma ‘arma poderosa’ para combater a violência que mata, destroi e prejudica a vida. Muitas pessoas por causa dela, do ódio e da raiva quebram relações e vivem infelizes. E o ciclo da violência vai se aprofundando. O perdão é uma ‘arma poderosa’, e se reconciliar garante a paz. O mundo será outro quando iniciarmos o processo, cada qual consigo mesmo: a paz começa em mim! É preciso dar-se conta da violência que está entranhada no nosso ser para podermos elaborar essa dor, que destroi, para construir a paz.” (AC)








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