Cardeal Turkson: proclamar o "direito à vista" um direito universal


Cidade do Vaticano (RV) - “Ver bem é muitas vezes a premissa para poder viver. A vida de quem é cego ou quase cego, sobretudo se somada a condições de pobreza, pode levar à marginalização e colocar em risco a própria vida.”

É o que ressalta o prefeito da Dicastério vaticano para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, Cardeal Peter Turkson, na mensagem por ocasião do Dia Mundial da Vista, que se celebra este 12 de outubro.

39 milhões de cegos no mundo e 246 milhões de quase cegos

Estima-se que as doenças oculares sejam hoje responsáveis por “39 milhões de cegos e 246 milhões de quase cegos”, lê-se na mensagem. “Este último número dobra se se leva em consideração aqueles que são quase cegos unicamente pela falta de óculos”, ressalta o purpurado.

Não se pode ficar indiferente diante de problemas de vista: “Entre cada 5 casos de cegueira 4 são possíveis de prevenir ou curáveis, 90% dos quase cegos estão concentrados nos país pobres do sul do mundo, onde entre cada duas crianças uma morre no primeiro ano após ter perdido a visão”, explica o Cardeal Turkson.

Dificuldade de acesso a cuidados adequados entre as causas da cegueira

Entre as causas da cegueira e da quase cegueira encontram-se “a falta de figuras profissionais preparadas”, “a dificuldade de acesso a cuidados adequados” e “as mudanças climáticas” que, interferindo negativamente no ecossistema do planeta, prejudicam a saúde”, recorda o purpurado ganense.

A Igreja “com amorosa atenção sempre se colocou a serviço dos enfermos e dos cegos, criando estruturas terapêuticas e mais recentemente colaborando com iniciativas promovidas por Instituições públicas e privadas, nacionais e internacionais”, lê-se ainda na mensagem.

Direito à vista como direito universal

Recordando que no próximo mês de novembro o Dicastério do qual é prefeito promoverá no Vaticano um Congresso internacional centralizado no tema “Enfrentar as disparidades globais em matéria de saúde”, o Cardeal Turkson ressalta que é necessário proclamar “o direito à vista” como direito universal.

“A Igreja pede ajuda e o envolvimento das mais importantes organizações não-governamentais que se ocupam de cegueira”, lê-se na mensagem. O desafio é crucial. “Somos todos chamados a assumir uma nova responsabilidade:  lutar contra a cegueira evitável, contando com o auxílio e a ternura do nosso Deus”, conclui. (RL)








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