Que a ferida que nos une seja motivo de unidade e renascimento, pede Bispo porta-riquenho


San Juan (RV) – “Que a ferida que nos une seja motivo de unidade e renascimento”. Este foi o desejo expresso pelo Presidente da Conferência Episcopal de Porto Rico, o Arcebispo de San Juan Dom Roberto O. González Nieves, na carta pastoral divulgada após a passagem dos devastadores furacões que no mês de setembro castigaram diversas ilhas do Caribe e parte dos Estados Unidos.

Ainda que o número de vítimas em Porto Rico tenha sido pequeno, os danos materiais são enormes: muitos dos hospitais ficaram inutilizados, falta água potável e existem contínuas interrupções no fornecimento de energia elétrica.

A situação ficou ainda mais grave com a bancarrota declarada pelo governo local em maio passado, para dar início à reestruturação do débito, que ultrapassa os 70 milhões de dólares.

Membros da administração de Donald Trump, que em 3 de outubro visitaram Porto Rico, começaram a enviar as primeiras ajudas, que as autoridades locais, porém, consideram insuficientes.

Na carta pastoral enviada à Agência Fides, Dom González Nieves expressa toda a sua dor “ao ver tanto sofrimento nos rostos dos porto-riquenhos”, exortando-os no entanto, a não cederem ao desespero e ao caos provocados pela série de eventos catastróficos, que se somam à profunda crise econômica pela qual atravessa o país.

“Unidos em Cristo, a nossa vida pode dar muitos frutos, evitando o pessimismo e encorajando a esperança”, afirma.

“O renascimento requer um esforço pela nossa terra. Somos seus administradores e não seus depredadores, advertiu. As nossas casas, escolas, igrejas, estradas e propriedades, foram seriamente danificadas. Também as igrejas de nossos irmãos e irmãs da comunidade ecumênica, as sinagogas de nossos irmãos judeus, assim como as mesquitas dos muçulmanos que vivem em Porto Rico”.

“Não permitamos – foi a sua exortação – que a nossa coragem desapareça, dando espaço ao egoísmo e à violência. Somente a união faz a força. Devemos redescobrir a pérola dos mares, devemos caminhar juntos, ajudando-nos uns aos outros a fazer de modo que a beleza de nosso país, as suas montanhas, rios, mares e cidades, voltem logo a brilhar”.

Dom Gonzáles Nieves conclui a carta com um convite dirigido a todos em favor de “um gesto de caridade em favor dos mais atingidos, por meio de uma coleta que será realizada nas nossas dioceses, assim como em nível nacional pela Caritas Porto Rico”. (JE/GA/LZ)








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