Presidente dos bispos italianos: mundo precisa de cristãos coerentes


Nápoles (RV) - O mundo precisa de cristãos coerentes com a fé que falem a linguagem das obras de caridade. Foi o que afirmou o presidente dos bispos italianos e arcebispo de Perugia, Cardeal Gualtiero Bassetti, ao presidir – no primeiro domingo de outubro (01/10) – a santa missa e a recitação da súplica no patamar da Basílica de Pompeia, em Nápoles, diante de milhares de fiéis e peregrinos.

“Não podemos apresentar-nos ao Senhor com boas intenções e depois comportar-nos na vida de todos os dias como se Deus não existisse”, disse o purpurado, que chamou a atenção dos batizados para a tentação sempre presente da “vida dupla” e da “simulação”.

Fidelidade ao Evangelho testemunhada na ajuda aos necessitados

Pelo contrário, a fidelidade ao Evangelho, construída na oração, em particular na oração do Terço, e auxiliada pela intercessão de Maria, deve ser testemunhada na ajuda contínua aos irmãos que se encontram na necessidade.

Mesmo porque, ressaltou o purpurado, “os pobres, os doentes, as crianças sem família, como disse reiteradas vezes o Papa Francisco, são a carne dilacerada de Jesus”. Tratou-se de conceitos que o presidente dos bispos italianos abordou também à margem da celebração – reporta o jornal vaticano L’Osservatore Romano.

“Os descartes não são uma ‘categoria’, são os jovens que correm o risco de chegar à idade de aposentar-se sem jamais conhecer a cultura do trabalho, são os marginalizados, são os migrantes”, disse o Cardeal Bassetti falando aos jornalistas.

Globalização da finança em detrimento da globalização da solidariedade

Nesse sentido, “os descartes são produtos da globalização da finança administrada por poucos em detrimento da globalização da solidariedade que deveria ser de todos”.

A Pompeia de hoje “é uma fascinante e concreta narração de que o amor por Deus só pode ser amor pelo próximo. Esta terra é uma terra que fala de Evangelho e na linguagem preferida pelo Evangelho: a linguagem das obras”.

Com certeza também aqui, como em “tantas outras nossas cidades”, não faltam problemas, com a “falta de trabalho” e os “jovens que o procuram e têm dificuldade de encontrá-lo”, com “tensões sociais que não arrefecem facilmente”.

Terra de esperança porque é a casa da Virgem Maria

Todavia, prosseguiu o purpurado, “esta terra, mais do que qualquer outra, é terra de esperança, porque é a casa de Maria, e o Santuário dedicado a Nossa Senhora é ponto de encontro amado de um povo que tem a oração e a confiança em Deus bem radicados no coração”.

Com a convicção – como recordou por sua vez o arcebispo prelado Dom Tommaso Caputo – de “que o amor a Deus jamais pode ser separado do amor, real concreto, para com os irmãos, sobretudo os mais pobres e em dificuldades”. (RL/L’Osservatore Romano)








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