Que haja integração, afirma o Papa com os migrantes em Bolonha


Cidade do Vaticano (RV) - Na manhã deste domingo (01/10), o Santo Padre visitou a cidade de Cesena, por ocasião dos 300 anos de nascimento do Papa Pio VI, natural daquela cidade.

A seguir, deslocou-se de helicóptero para a grande cidade de Bolonha, por ocasião do Congresso Eucarístico diocesano. Seu primeiro encontro na cidade, desejado por ele, foi no Porto, onde encontrou cerca de mil migrantes e assistentes sociais do centro regional bolonhês.

No porto, disse o Papa, ancoram os que vêm de longe, apesar de tantos sacrifícios, e, às vezes, não são bem vindos e até criticados e julgados com frieza por tantas pessoas, sem conhecer seus problemas de fundo.

Por outro lado, Francisco agradeceu a todos os que prestam auxílio e assistência aos estrangeiros que vêm “bater à nossa porta”. Desde sempre, “Cristo se identifica com eles”. Sobre a migração, afirmou:

“Este fenômeno requer visão e grande determinação na gestão, inteligência e estruturas, mecanismos claros, que não permitam distorções ou exploração, sobretudo por serem pessoas pobres. É preciso que outros países adotem programas de apoio e acolhimento, abram corredores humanitários para os refugiados. Que haja integração!”.

Os numerosos migrantes, entre os quais muitas crianças e mulheres, disse Francisco, “lutam pela esperança e pela sua sobrevivência”. Quantos, em busca de esperança e prosperidade, não tiveram a sorte de tocar terra firme, porque perderam suas vidas no mar ou no deserto. Neste sentido, o Papa elogiou a cidade:

“Bolonha é uma cidade conhecida, desde sempre, pelo seu acolhimento. Ela se renovou com suas experiências de solidariedade e hospitalidade nas paróquias, centros sociais e religiosos, e nas famílias. A cidade não deve ter medo de dar ‘cinco pães e dois peixes’ aos necessitados. A Providência intervirá e satisfará a todos”.

Francisco concluiu seu discurso aos inúmeros migrantes no Porto de Bolonha, recordando que, “há 760 anos, esta cidade foi a primeira na Europa a liberar 5855 escravos. Assim, como outrora, seus habitantes não têm medo de acolher tantas pessoas, que chegam de países pobres, em busca de felicidade, esperança e prosperidade.

(MT)

 

 








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