Taizé: concluído encontro "pelo progresso dos povos"


Taizé (RV) - Concluiu-se na segunda-feira, 25, na Comunidade francesa de Taizé, a sessão anual dos delegados de Justiça e Paz Europa - rede das Comissões nacionais de Justiça e Paz no seio das Conferências Episcopais Europeias - reunião que contou, entre outros, com a participação do Cardeal Prefeito do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, Peter Kodwo Appiah Turkson.

A escolha de Taizé não foi ao acaso, visto a tradição de acolhida que sempre caracterizou a comunidade ecumênica fundada pelo Irmão Roger.

O objetivo deste encontro foi "tornar mais profunda a própria espiritualidade, para melhorar o serviço pela jstiça social e a paz na Europa e no mundo".

Os oitenta delegados aprofundaram, outrossim, as formas para integrar mais os ensinamentos contidos na Encíclia Laudato Si com o trabalho de Justiça e Paz Europa.

Nesta perspectiva e no contexto do "tempo para a criação", realizou-se no domingo uma iniciativa europeia simbólica junto ao Movimento Católico Mundial pelo clima, para "responder ao grito da Terra e ao grito dos pobres".

Na segunda-feira, por sua vez, os participantes foram atualizados sobre a atualidade do Conselho da Europa e da União Europeia e decidiram o tema da ação anual de 2018.

Os trabalhos foram abertos na sexta-feira, 22, pelo Arcebispo de Luxemburgo, Dom Jean-Claude Hollerich, Presidente de Justiça e Paz Europa, que repassou as origens e a missão do Pontifício Conselho criado por Paulo VI há 5o anos.

Citando a Encíclica Popularoum progressio, recordou dela o principal objetivo, ou seja, "suscitar em todo o povo de Deus o pleno conhecimento da missão que os tempos atuais reclamam dele, de maneira a promover o progresso dos povos mais pobres, a favorecer a justiça social entre as nações, a oferecer às que estão menos desenvolvidas um auxílio, de maneira que possam prover, por si próprias e para si próprias, ao seu progresso";

Em nome da Comunidade de Taizé, falou o Prior, Frei Alois: "Uma consciência europeia não implica o abondono da especificidade de cada povo, mas realiza uma partilha dos dons no respeito da diversidade. Esforçar-se para compreender de dentro a consciência dos outros é uma condição para que as atitudes às vezes discordantes sejam melhor decifradas e não suscitem reações motivadas somente pela emoção", observou Fr. Alois, explicando o quanto seja importante a colaboração na Europa, em todos os níveis.

O Prior, ademais, recordou a amizade que sempre ligou Taizé à Justiça e Paz, "desde 1969 até sua morte em 1973, Frei Christophe foi colaborador em tempo integral de Sociedade, desenvolvimento e Paz, organismo ligado ao Conselho Ecumênico de Igrejas" e portanto a responsabilidade comum de salvaguardar o ambiente, assim como a necessidade de associar à globalização da economia, uma globalização da solidariedade: "Cabe a nós todos conctruir uma civilização caracterizada não pela desconfiança, mas pela confiança. Na história às vezes, bastaram poucas pessoas para fazer pender a balança para a fraternidade, a justiça e a paz", concluiu Frei Alois.

(JE - L'Osservatore Romano)








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