Semana Mundial da Paz promovida pelo CMI: paz na Terra Santa


Jerusalém (RV) - “As tragédias da história judaica ensinaram aos cristãos os perigos da hostilidade contra quem consideramos diferente, enquanto a Sagrada Escritura comum de judeus e cristãos fala muitas vezes e de forma eloquente do amor de Deus e da proteção ao estrangeiro.”


 
É o que escreve o secretário-geral do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), Rev. Olav Fykse Tveit, na mensagem para a festa de Rosh Hashanah, ano novo judeu, que teve início, nesta quarta-feira (20/09), e se concluirá na próxima sexta, 22. 

Segundo o jornal da Santa Sé, L'Osservatore Romano, o texto ressalta que essa festa caiu num momento difícil para a paz e a convivência entre os povos. 

Está em andamento a ‘Semana Mundial da Paz’ promovida pelo CMI e o Rev. Tveit fez um convite em prol da colaboração entre judeus e cristãos para a paz na Palestina e Israel. 

A iniciativa do CMI vive, nesta quinta-feira (21/09), o seu momento central com a celebração do Dia mundial de oração pela paz. 

O evento solicita as instituições religiosas e homens de fé a promoverem gestos, orações e atividades em todo o mundo por uma solução pacífica do conflito israelense-palestino, convencidos de que reacender e alimentar o fogo da esperança por uma convivência pacífica e reconciliada na Terra Santa é sempre possível.
 
“A Semana Mundial da Paz é uma ocasião para recordar ao mundo o conflito ainda sem solução entre Palestina e Israel, e manifestar solidariedade às pessoas em busca da paz.” 

Dentre as iniciativas programas para a Semana Mundial da Paz que se concluirá no próximo domingo, 24, a abertura da mostra “Doze rostos de esperança”, no Centro Ecumênico de Genebra. A exposição recolhe testemunhos de pessoas que sofrem cotidianamente as consequências da experiência dramática do conflito. 

A mostra, que também faz parte de uma campanha pela paz e a justiça na Terra Santa lançada pelo CMI nas redes sociais, foi realizada, em Beit Sahour, na Palestina, em junho passado, por ocasião de um encontro que reuniu dezenas de líderes cristãos e representantes de organizações religiosas comprometidas com a paz. 

“Este ano, oferece uma série de oportunidades para evidenciar a situação trágica na Terra Santa e conscientizar a opinião pública sobre as injustiças e sofrimentos que as pessoas sofreram durante esses cinquenta anos”, disse a responsável pelas comunicações do CMI, Marianne Ejdersten.

“Poder ouvir expressões de esperança da parte de pessoas que vivem na própria pele o conflito é mais um incentivo a não resignar-se à guerra. Nesse sentido, a mostra se insere na peregrinação pela justiça e a paz, promovida pelo CMI”, ressaltou ela. 

A situação dramática e ainda sem solução do conflito que envolve os povos da Terra Santa foi também o cerne de um documento redigido, em junho passado, pelo comitê executivo do CMI há cinquenta anos da “Guerra dos seis dias”. O texto lamenta o falimento contínuo das partes na busca de uma paz justa. 

(MJ)








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