Papa aos jesuítas colombianos: acompanhar o povo à reconciliação verdadeira


Cartagena (RV) – No domingo (10), último dia de compromissos do Papa na Colômbia, Francisco encontrou representantes da Companhia de Jesus no pátio do Santuário São Pedro Claver, centro histórico de Cartagena. Por cerca de 30 minutos e de forma privada, o Santo Padre respondeu algumas perguntas feitas pelos jesuítas.

Segundo o diretor da revista “La Civiltà Cattolica”, Pe. Antonio Spadaro, que seguiu o Papa na viagem apostólica à Colômbia, o Pontífice “sempre se relaxa em ocasiões como essa e se expressa com grande liberdade” entre os seus irmãos.

Entre as temáticas colocadas em pauta estavam as questões relacionadas ao seu pontificado, ao papel dos jesuítas no campo cultural e universitário em terras latino-americanas, além de outras questões sobre o país colombiano e a Exortação Apostólica Amoris Laetitia. Francisco, explicou o diretor, enalteceu “a importância que esse documento seja recebido na sua totalidade para promover dinâmicas positivas na Igreja”.

Do encontro com os irmãos jesuítas, segundo o Pe. Spadaro, surgiu “um Papa confiante no caminho de reconciliação iniciado com a Colômbia”, precisando sempre, porém, que “a tarefa da Igreja não é substituir o Estado, mas acompanhar os movimentos mais adequados à dignidade humana”.

O Papa também encorajou todos os jesuítas a prosseguirem o seu empenho específico, seja pastoral ou intelectual. Em especial, Francisco sublinhou que “o empenho intelectual deva se nutrir da realidade”, disse o diretor. Importante o papel inclusive social que os jesuítas continuam fazendo no caminho da reconciliação nacional: “não se trata de fazer acordos abstratos”, explicou Pe. Spadaro, porque “no pensamento do Papa está a reconciliação de um povo inteiro, a cura lenta de grandes cicatrizes”.

Os jesuítas, sublinhou o diretor sobre o encontro com o Papa, não acompanham somente “os familiares das vítimas ou dos próprios guerrilheiros”, mas estão comprometidos também na “valorização e na proteção da Amazônia e do enorme patrimônio natural que a Colômbia tem”. (AC/GC)








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